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Auguste Rodin, 1840-1947 -^- ‘Le Penseur’, 1880- 1902 |
A Pinacoteca de São Paulo,
museu da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo e o
Instituto CPFL apresentam, de 20 de março a 29 de junho de 2019, pela primeira
vez ao público do interior paulista, Figura e modernidade: Rodin no acervo da
Pinacoteca de São Paulo, que reúne a coleção completa da Pinacoteca referente
ao artista francês. Com curadoria de Valéria Piccoli, curadora-chefe do museu,
o conjunto de 10 esculturas originais e 76 fotografias documentais da vida do
artista será exibido gratuitamente no Instituto CPFL, em Campinas e, em
seguida, no Fórum das Artes, em Botucatu, novo espaço cultural reformado pelo
Governo de São Paulo.
A Pinacoteca é o único museu
no Brasil a possuir um acervo representativo deste artista, o que faz dessa
itinerância uma iniciativa de grande interesse para o público dos museus e
espaços culturais do interior do estado. Reafirma também o próprio papel da
instituição enquanto equipamento do Estado. ‘A exposição oferece ao público
paulista uma oportunidade única de conhecer um grupo de obras de um artista que
é, reconhecidamente, um precursor da escultura moderna. A Pinacoteca cumpre
cada vez mais, por meio desta iniciativa, sua missão de promover a experiência
do público com a arte, estimular a criatividade e a construção do conhecimento
para além de sua sede na cidade de São Paulo’, resume o diretor-geral do museu,
Jochen Volz.
Sobre a coleção atual do
museu, Valéria Piccoli comenta que “trata-se de fundições recentes de obras
clássicas do artista, realizadas sob supervisão do museu francês”. Fazem parte
também da coleção da Pinacoteca um conjunto de 76 fotografias em que o artista
aparece trabalhando em seu ateliê, acompanhado de modelos de suas esculturas ou
mesmo de amigos e mecenas. 'Esse material é constituído de fac-símiles de itens
dos arquivos do Musée Rodin e ajudam a compor um percurso cronológico pela vida
do artista, mostrando outros artistas e intelectuais que ele admirava e com
quem se relacionava. Mais curioso é que algumas dessas fotos revelam como Rodin
utilizava a fotografia no processo de composição de suas esculturas', completa
ela.
A parceria entre o Instituto
CPFL e a Pinacoteca se iniciou em 2012, quando ambos organizaram, na sede da
segunda, a exposição Gênese e Celebração, com coleção de peças tradicionais
africanas. Em 2013, foi a vez da mostra 100 de anos Arte Paulista, que
aconteceu na sede do Instituto CPFL, em Campinas, e apresentou ao público 50
obras de artistas atuantes entre 1912 e 2012, como Di Cavalcanti, Portinari, Pancetti
e Tomie Ohtake.
‘Para nós, é um imenso prazer
voltar a trabalhar com a Pinacoteca, uma instituição centenária, a exemplo da
CPFL Energia, em um país onde tal longevidade não é a tradição’, comenta Mário
Mazzilli, diretor-superintendente do Instituto CPFL.
A relação da Pinacoteca com o
escultor Auguste Rodin (1840-1917) se iniciou em 1995, no contexto das
exposições ‘Rodin: Esculturas’ e ‘Rodin e a Fotografia’, realizadas em parceria
com o Museu Rodin, de Paris. As mostras receberam, juntas, mais de 183 mil
pessoas e marcaram também o início das exposições internacionais de grande
porte na instituição.
Naquele ano, o museu
conseguiu, graças à campanha de doação junto ao público, adquirir A Musa
Trágica (1890-92). Em seguida, seria a vez de O Gênio do Repouso Eterno
(1899-1902), doada ao museu pelo Shopping Center Iguatemi no mesmo ano.
Trata-se da 11ª cópia disponível no mundo e considerada uma das mais
monumentais do artista, com cerca de dois metros de altura e 500 quilos. Até o
ano de 2005, o museu incorporaria ainda mais oito esculturas: Torso masculino
do Beijo (c. 1886), Torso do filho de Ugolino (1882), Bacanal (1880-1990), Musa
de Whistler – Estudo para o monumento ‘Tipo C’ (c. 1905-1906), Torso da Sombra
(1880), Toalete de Vênus e Andrômeda (~1890-1987), A sacerdotisa (~ 1899-1995)
e Homem que caminha sobre coluna (1877-1990).
Em 2001, a Pinacoteca
organizou mais duas mostras dedicadas ao escultor: Auguste Rodin: esculturas e
fotografias e a espetacular A Porta do Inferno, que recebeu mais de 300 mil
visitantes. O título da última faz referência a uma obra monumental,
considerada uma das mais icônicas na carreira de Rodin, que, de certa forma,
revela a 'admiração do artista pela arquitetura gótica, a Renascença italiana e
o poder do qual o artista dotou o corpo humano', segundo a conservadora-chefe
do Museu Rodin, Antoinette Le Normand-Romain. Aquela foi a primeira vez que a
obra foi exibida na América Latina. Além da Porta, a Pinacoteca apresentou
ainda 43 esculturas em bronze, 25 desenhos e 10 fotografias.
De 3 de agosto a 15 de
dezembro, a exposição Figura e modernidade: Rodin no acervo da Pinacoteca de
São Paulo será recebida pelo Fórum das Artes, que marca também a inauguração
deste novo espaço cultural no interior paulista. Localizado na cidade de
Botucatu, terá um andar inteiro para a Pinacoteca e abrigará também o museu
municipal Itajaí Martins.
AÇÃO EDUCATIVA
As duas exposições contarão
com recursos educativos, desenvolvidos pelo NAE – Núcleo de Ação Educativa da
Pinacoteca, para uso autônomo, que estimulam a participação do público de todas
as idades, criando novas relações com as obras. Também serão realizados dois
encontros de formação para professores, um em cada município. Monitores estarão
no local para atender o público, e o agendamento de visitas pode ser feito pelo
telefone (19) 3757-8000 ou pelo e-mail:
(JA, Mar19)
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