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segunda-feira, 25 de março de 2019

Auguste Rodin - figura e modernidade




Auguste Rodin, 1840-1947   -^-   ‘Le Penseur’, 1880- 1902


A Pinacoteca de São Paulo, museu da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo e o Instituto CPFL apresentam, de 20 de março a 29 de junho de 2019, pela primeira vez ao público do interior paulista, Figura e modernidade: Rodin no acervo da Pinacoteca de São Paulo, que reúne a coleção completa da Pinacoteca referente ao artista francês. Com curadoria de Valéria Piccoli, curadora-chefe do museu, o conjunto de 10 esculturas originais e 76 fotografias documentais da vida do artista será exibido gratuitamente no Instituto CPFL, em Campinas e, em seguida, no Fórum das Artes, em Botucatu, novo espaço cultural reformado pelo Governo de São Paulo.

A Pinacoteca é o único museu no Brasil a possuir um acervo representativo deste artista, o que faz dessa itinerância uma iniciativa de grande interesse para o público dos museus e espaços culturais do interior do estado. Reafirma também o próprio papel da instituição enquanto equipamento do Estado. ‘A exposição oferece ao público paulista uma oportunidade única de conhecer um grupo de obras de um artista que é, reconhecidamente, um precursor da escultura moderna. A Pinacoteca cumpre cada vez mais, por meio desta iniciativa, sua missão de promover a experiência do público com a arte, estimular a criatividade e a construção do conhecimento para além de sua sede na cidade de São Paulo’, resume o diretor-geral do museu, Jochen Volz.

Sobre a coleção atual do museu, Valéria Piccoli comenta que “trata-se de fundições recentes de obras clássicas do artista, realizadas sob supervisão do museu francês”. Fazem parte também da coleção da Pinacoteca um conjunto de 76 fotografias em que o artista aparece trabalhando em seu ateliê, acompanhado de modelos de suas esculturas ou mesmo de amigos e mecenas. 'Esse material é constituído de fac-símiles de itens dos arquivos do Musée Rodin e ajudam a compor um percurso cronológico pela vida do artista, mostrando outros artistas e intelectuais que ele admirava e com quem se relacionava. Mais curioso é que algumas dessas fotos revelam como Rodin utilizava a fotografia no processo de composição de suas esculturas', completa ela.

A parceria entre o Instituto CPFL e a Pinacoteca se iniciou em 2012, quando ambos organizaram, na sede da segunda, a exposição Gênese e Celebração, com coleção de peças tradicionais africanas. Em 2013, foi a vez da mostra 100 de anos Arte Paulista, que aconteceu na sede do Instituto CPFL, em Campinas, e apresentou ao público 50 obras de artistas atuantes entre 1912 e 2012, como Di Cavalcanti, Portinari, Pancetti e Tomie Ohtake.

‘Para nós, é um imenso prazer voltar a trabalhar com a Pinacoteca, uma instituição centenária, a exemplo da CPFL Energia, em um país onde tal longevidade não é a tradição’, comenta Mário Mazzilli, diretor-superintendente do Instituto CPFL.

A relação da Pinacoteca com o escultor Auguste Rodin (1840-1917) se iniciou em 1995, no contexto das exposições ‘Rodin: Esculturas’ e ‘Rodin e a Fotografia’, realizadas em parceria com o Museu Rodin, de Paris. As mostras receberam, juntas, mais de 183 mil pessoas e marcaram também o início das exposições internacionais de grande porte na instituição.

Naquele ano, o museu conseguiu, graças à campanha de doação junto ao público, adquirir A Musa Trágica (1890-92). Em seguida, seria a vez de O Gênio do Repouso Eterno (1899-1902), doada ao museu pelo Shopping Center Iguatemi no mesmo ano. 

Trata-se da 11ª cópia disponível no mundo e considerada uma das mais monumentais do artista, com cerca de dois metros de altura e 500 quilos. Até o ano de 2005, o museu incorporaria ainda mais oito esculturas: Torso masculino do Beijo (c. 1886), Torso do filho de Ugolino (1882), Bacanal (1880-1990), Musa de Whistler – Estudo para o monumento ‘Tipo C’ (c. 1905-1906), Torso da Sombra (1880), Toalete de Vênus e Andrômeda (~1890-1987), A sacerdotisa (~ 1899-1995) e Homem que caminha sobre coluna (1877-1990).

Em 2001, a Pinacoteca organizou mais duas mostras dedicadas ao escultor: Auguste Rodin: esculturas e fotografias e a espetacular A Porta do Inferno, que recebeu mais de 300 mil visitantes. O título da última faz referência a uma obra monumental, considerada uma das mais icônicas na carreira de Rodin, que, de certa forma, revela a 'admiração do artista pela arquitetura gótica, a Renascença italiana e o poder do qual o artista dotou o corpo humano', segundo a conservadora-chefe do Museu Rodin, Antoinette Le Normand-Romain. Aquela foi a primeira vez que a obra foi exibida na América Latina. Além da Porta, a Pinacoteca apresentou ainda 43 esculturas em bronze, 25 desenhos e 10 fotografias.

De 3 de agosto a 15 de dezembro, a exposição Figura e modernidade: Rodin no acervo da Pinacoteca de São Paulo será recebida pelo Fórum das Artes, que marca também a inauguração deste novo espaço cultural no interior paulista. Localizado na cidade de Botucatu, terá um andar inteiro para a Pinacoteca e abrigará também o museu municipal Itajaí Martins.

AÇÃO EDUCATIVA
As duas exposições contarão com recursos educativos, desenvolvidos pelo NAE – Núcleo de Ação Educativa da Pinacoteca, para uso autônomo, que estimulam a participação do público de todas as idades, criando novas relações com as obras. Também serão realizados dois encontros de formação para professores, um em cada município. Monitores estarão no local para atender o público, e o agendamento de visitas pode ser feito pelo telefone (19) 3757-8000 ou pelo e-mail:  




(JA, Mar19)


quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Primeiros Traços da arte Moderna - Impressionismo



                      Mulher com guarda-sol, Madame Monet e seu filho, Claude Monet, 1875

                  

‘Nada se parece tanto com o que chamamos de inspiração quanto a alegria com que a criança absorve a forma e a cor. Ousaria ir mais longe: afirmo que a inspiração tem alguma relação com a congestão e que todo pensamento sublime é acompanhado de um estremecimento nervoso, mais ou menos intenso, que repercute até no cerebelo. O homem de gênio tem nervos sólidos, na criança eles são fracos. Naquele, a razão ganhou um lugar considerável; nesta, a sensibilidade ocupa quase todo seu ser’. (Baudelaire, 2007, p.19)
A sensibilidade de que nos fala Baudelaire diz respeito ao entusiasmo, próprio do coração do artista, em seu transcender de emoções. É como se a natureza fizesse questão de ostentar suas cores e suas formas, induzindo o artífice à sedução. Arrebatado, ele se empolga e se perde diante de tudo o que vê, feito uma criança extasiada a descobrir o mundo. A imagem que se apresenta atravessa o sutil campo do imaginário e se torna real por suas mãos, em sua poética maneira de demonstrar o que vê. É por essas linhas que a Arte fala e que, pelos tempos, tem se demonstrado fecunda.
E se o tempo tem trazido bons frutos, foi na modernidade que Arte abriu suas portas para o espírito criativo. O final do século XIX foi testemunho de muitas dessas inovações e dessas novas feições que então despontavam e passariam a fazer parte da estética que se manteve até meados do século XX.
° Nesse período, o mundo presenciava o surgimento das máquinas e da produção em larga escala – Revolução Industrial. (1)
° A invenção do cinematógrafo, no final do século XIX, pelos irmãos Lumiére, possibilitaria que as imagens pudessem ser vistas em movimento, dando origem à Sétima Arte , o cinema. (2)
° As novas tecnologias permitiriam ainda que o ser humano voasse, no início do século XX.
° E não há dúvidas de que a invenção da Fotografia, pelo francês Joseph Nicéphore Niépce (1765-1833), em 1826, foi de grande valia para que a Pintura Moderna ampliasse em significado e em formas. Enquanto a realidade seria a incumbência da fotografia, a Arte poderia se aproximar do mundo das ideias, de forma autônoma.
Pintura
‘Tudo se parece maravilhoso nesse momento, e a luz é deslumbrante’. (Monet in Holmes, 2001, p.100)
Na estética, Paris foi o berço das tendências inovadoras do século XX. Ali, um grupo de artistas, no final dos anos 1860, ávidos por se desvencilharem do realismo, juntaram-se para compartilhar ideias.
Entre os participantes desses encontros, destacavam-se os nomes de Frédéric Bazille (1841-1870), Paul Cézanne (1839-1906), Edgar Degas (1834-1917), Edouard Manet (1832-1883), Claude Monet (1840-1926), Camille Pissarro (1830-1903), Auguste Renoir (1841-1919), Alfred Sisley (1839-1899) e a pintora Berthe Morisot (1841-1895) (Bugler, 2014, P.276).
Juntavam-se a eles, escritores, críticos e outros intelectuais da época. Das reuniões desse grupo, surgia não somente o anseio por exibir as obras fora dos salões e das mostras oficiais, mas emergia também a vontade de se libertar do academicismo. Os cenários deveriam ser os da vida diária, o que revela a influência do Realismo e do Naturalismo, dos anos 1840, de Gustave Courbet (1819-1877).
Os cenários deveriam ser urbanos, captados num primeiro olhar, em determinados momentos do dia, sob efeito da luminosidade solar, por meio de manchas, sem a mistura de cores, como se a luz fosse captada em seu momento de permear a natureza, as pessoas e os objetos.
Os artistas foram para fora de seus ateliês, fizeram de cenários urbanos e campestres, seu local de trabalho. De sua proposta revolucionária e liberal, florescia um estilo pictórico único que valorizava a luz natural, proporcionando ao olhar, a sensação final de impressão de luminosidade.
E é iluminada pela luz natural que Madame Monet passeia com seu filho, em meio à vegetação baixa. Ambos se protegem do sol. O menino com um chapéu, sua mãe com a sombrinha, que ameaça voar com a brisa. A intensa claridade deixa óbvio o calor, amenizado talvez, pelo vento que parece agitar a vegetação, o vestido e os cabelos da primeira mulher de Monet. A luz vem por trás do horizonte e dos personagens da cena, projetando as sombras para a frente deles. A falta de nitidez dos contornos reforça a ideia de movimento e de impressão de luz sobre toda a imagem. Essa impressão é acentuada pelo uso de cores puras que podem passar despercebidas, a um primeiro olhar, mas são elas que possibilitam o resultado final de mistura ao observador, objetivo maior dos impressionistas. No jogo da perspectiva, os protagonistas parecem estar numa pequena colina e o observador parece se localizar abaixo deles.

La cathedrale de Rouen, le portail et la tour Saint-Romain, plein soleil, harmonie bleue et or, Claude Monet, 1894

O mesmo efeito de perspectiva também está na Catedral de Rouen , cuja sensação de grandiosidade se acentua com a posição do observador, abaixo dela. Monet pintou a mesma construção em diversos horários do dia, em várias épocas do ano, enfatizando os diferentes efeitos que a incidência de luz promovia.

The Houses of Parliament, Sunset. 190, Claude Monet, 1903

Um final de tarde é o protagonista na tela 'As Casas do Parlamento' - estão pouco iluminadas e quase nada se vê de seus detalhes, já escurecidos, em virtude do sol, que já se põe atrás da torre mais alta. O cinza da construção contrasta com o céu, que irradia as mais belas cores de um final de tarde. É possível perceber a escala tonal indo do mais escuro para o mais claro, tingindo a tela de azul, lilás, rosa, vermelho, laranja, amarelo e branco. As cores ainda espelham-se pelas águas do rio Tâmisa com as mesmas nuances. É possível notar cada pincelada e, apesar de ser um final de tarde, a tela resplandece em luz.
Aula de Dança, Edgar Degas, 1873

Diferentemente dos outros impressionistas, Edgar Degas preferia os ambientes internos. Seus temas eram principalmente as bailarinas, os espetáculos, a ópera e os concertos. Suas obras podem ser vistas como o flagrante de um momento em que as pessoas não se dão conta de que estão sendo fotografadas. Apesar dos ambientes serem, muitas vezes, internos, suas obras são repletas de luz, de movimento e de leveza. Em suas composições, é a luz artificial que ilumina e que promove o efeito sobre os corpos e os rostos, no instante de um movimento ou de uma expressão. Em sua Aula de Dança é possível perceber que o desenho é mais valorizado e os detalhes da cena ficam mais evidentes. Os vestidos e seus laços coloridos esvoaçantes não são completamente delineados, uma vez que o tecido é translúcido e está em pleno movimento. A luz que clareia a sala é tênue, mas não escurece por completo o ambiente. É possível ouvir os sons dos passos nas escadas e no chão de madeira.
A última exposição dos impressionistas se deu em 1886, na França, quando o grupo se dispersou e o estilo foi abandonado. Dois artistas que fizeram parte da mostra, Georges Seurat (1859-1891) e Paul Signac (1863-1935) aprofundaram-se em pesquisas sobre as técnicas dos impressionistas e as modificaram para a justaposição de cores.
Florescia então o Pontilhismo, como uma evolução do Impressionismo. E o movimento ainda influenciou parte da obra de Van Gogh, embora o artista tenha passado por vários estilos, em sua pintura e seja considerado Pós-Impressionista.
Escultura
Os efeitos momentâneos de luz e de tonalidade, causados pelas pinceladas com cores intensas e a falta de nitidez das imagens foram as principais marcas da Pintura Impressionista e serviram de inspiração para Auguste Rodin (1840-1917).
O escultor chegou a ser considerado realista, simbolista e expressionista, mas seu estilo também transitou pelo Impressionismo. O artista acreditava que as imperfeições e a sensação de rugosidade da escultura poderiam proporcionar a impressão de que a imagem estaria brotando ou nascendo, a partir de uma pedra. Além disso, a luminosidade sobre a superfície imperfeita proporcionaria a sensação de dinamismo, de força e de emoção. O escultor, muitas vezes, deixava grande parte da escultura, em meio à pedra bruta, como se a imagem estivesse tentando se desvencilhar de uma rocha.
A obra ‘O Homem de Nariz Quebrado’ chegou a ser considerada inacabada pela crítica da época. Assim como os impressionistas do período, o escultor buscava se desprender da realidade. Tal noção fica nítida na obra Mulher com uma Criança, que parece estar em formação, saindo das entranhas de uma rocha bruta. Os protagonistas da cena estão em meio à pedra, e parecem brincar. A superfície não é lisa, tem a aspereza da pedra. O efeito da luz sobre as reentrâncias é o que fomenta a impressão de dinamismo. A imagem final se compõe pelo olhar de quem a vê.
                               O Pensador, Auguste Rodin, modelo 1880, fundido em 1901

Sua principal obra, O Pensador, representa Dante, diante dos portões do Inferno. Embora a escultura original tenha sido feita em 1880, o artista permitiu que se fizessem mais 20 cópias. Influenciado pelo Renascimento, o escultor referiu-se ao interior e à alma, do homem que pensa, que reflete, indo assim, para além do mundo físico. Feita em bronze, a escultura apresenta proporção e detalhes do corpo humano. É possível perceber ossos, músculos, feições e movimento, mas a superfície apresenta saliências, o que pressupõe não somente a ideia de pedra bruta, como a impressão de movimento e de ligação da escultura com a própria pedra de onde ela emerge.
Desprendido da realidade, Rodin chegou a deixar evidentes as marcas de seus dedos, em meio às reentrâncias de suas esculturas buscando captar apenas a essência, das imagens. Muitas vezes o escultor deixava grande parte da pedra em sua forma bruta, captando apenas parte das figuras e personagens, levando o olhar a uma busca pela imagem completa. Para ele, a falta de acabamento poderia fomentar a imaginação.
Considerações Finais
“Agora eu não posso relaxar; as cores me perseguem como uma preocupação constante, até mesmo em meu sonho.” (Monet, in Holmes, 2001, p.145)
Classificados muitas vezes, pela crítica, como rebeldes, os impressionistas ousaram modificar os conceitos da Pintura e da Escultura figurativas, deixando as impressões do que viam. A luz passou a ser tratada como parte da obra, por seus efeitos sobre as pessoas e sobre as coisas.
Ao se aplicar à Literatura, o estilo impressionista se atreveu descrever os estados de alma, as emoções e as impressões sensoriais, valorizando os aspectos psicológicos. Na França, Marcel Proust (1871-1922) publicava entre 1913 e 1927, sua obra ‘Em Busca do Tempo Perdido’ Em Portugal, Florbela Espanca (1894-1930) revelava extrema sensibilidade, expunha sofrimentos e erotismo; trazia à tona estados de alma, muitas vezes mórbidos, repletos de figuras de linguagem. O dramatismo de seus textos, quase imagísticos, chegaram a classificar a escritora portuguesa com um estilo único, que transitou por correntes impressionistas, simbolistas, românticas, e modernas.
Não há dúvida de que as novas tecnologias, entre as quais a fotografia, acabaram por modificar os conceitos que até então havia sobre a Arte. Aos artistas, coube explorar esses meios e transformar a Arte em Arte, passando por seu imaginário e por seu entusiasmo diante da liberdade que se oferecia então. A inspiração sentiu-se livre para extrapolar e o artista transcendeu.
Minh ’alma, de sonhar-te anda perdida.
Meus olhos andam cegos de te ver!
Não és sequer a razão do meu viver,
Pois que tu és já toda a minha vida!

Não vejo nada assim enlouquecida…
Passo no mundo meu amor a ler
No misterioso livro do teu ser
A mesma história tantas vezes lida!...

Tudo no mundo é frágil, tudo passa…
Quando me dizem isso toda a graça
Duma boca divina fala em mim!

E, olhos postos em ti, digo de rastros:
Ah podem voar mundos, morrer astros,
Que tu és como Deus: princípio e fim!...  

(Florbela Espanca, 1894-1930, em 'Livro de Soror Saudade')



(1)    A Revolução Industrial se deu entre 1760 e 1840, com as máquinas a vapor. A segunda fase, entre 1860 e 1900, engloba as novas tecnologias com o uso motor a explosão e da energia elétrica; com o uso de combustíveis e de materiais, entre os quais, o aço. A alguns estudiosos, os séculos XX e XXI são testemunhos da terceira fase da Revolução Industrial, da qual fazem parte, os computadores, celulares e engenharia genética.
(2)    O termo Sétima Arte foi dado pelo crítico de cinema italiano Ricciotto Canudo (1877-1923), em 1911, em um Manifesto das Sete Artes e Estética da Sétima Arte. Para o intelectual, as Artes se dividem em Arquitetura, Escultura, Pintura, Música, Dança, Poesia e Cinema.


Texto: Rosângela Vig, Artista Plástica e Professora de História da Arte



(JA, Out17)