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quinta-feira, 11 de julho de 2019

Banksy se equilibra entre genialidade e vandalismo em Lisboa



Mostra não autorizada tem cerca de 70 peças originais, incluindo serigrafias, grafites e vídeos


Obra exposta em ‘Banksy: Genius or Vandal?’, na Cordoaria, em Lisboa

Repleta de sátiras políticas e de críticas ao capitalismo, a arte urbana de Banksy -e seu hábito de espalhar suas obras pelo mundo sem qualquer tipo de licença prévia- é objeto de uma grande exposição que fica em cartaz até outubro em Lisboa.

‘Banksy: Genius or Vandal’ convida o espectador a refletir sobre a tênue fronteira que separa uma intervenção artística genial de um ato de vandalismo.

Não autorizada -e até criticada- pelo artista, a mostra atraiu mais de 600 mil pessoas pelas cidades por onde já passou, entre elas Moscou, São Petersburgo e Madri.

Embora seja um dos nomes mais conhecidos do vasto universo da arte de rua, a identidade de Banksy nunca foi confirmada. A aura de mistério em torno de sua personalidade é também um dos componentes de atração de suas obras.

‘O trabalho de Banksy é um desafio para o sistema, um protesto, uma marca extremamente bem construída, um mistério, uma desobediência à lei. Queremos que cada visitante desta exposição seja capaz de decidir quem realmente é Banksy, é um gênio ou um hooligan? Um artista ou um empreendedor?’, provoca Alexander Nachkebiya, que organiza a mostra.

São cerca de 70 peças originais, incluindo serigrafias, grafites, esboços, fotografias, vídeos e instalações da obra do artista britânico.




A seleção inclui o início de sua carreira, em Bristol, na Inglaterra, passa por intervenções dele na Cisjordânia e pela famosa imagem da menina com balão, que voltou aos holofotes depois de ser destruída de propósito pelo artista em pleno leilão da peça.

A exposição é dividida em alas temáticas, que explicam o contexto por trás de algumas das obras apresentadas.

Há especial destaque para as peças que fazem críticas à sociedade de consumo, como ‘História da Cliente Voadora’, que mostra uma menina despencando de um prédio enquanto empurra um carrinho de compras. Outra, também provocativa, é ‘Sale Ends Today’, com figuras bíblicas idolatrando um cartaz de promoção.

A sátira política, um dos assuntos favoritos de Banksy, ocupa uma boa parte da mostra. A família real britânica, o Parlamento de seu país e as autoridades policiais são algumas das ‘vítimas’ mais recorrentes nas mãos do artista.




Em ‘Monkey Queen’, Banksy retrata a rainha Elisabeth 2ª como uma macaca usando coroa e joias em frente às cores da bandeira britânica. Já em ‘Turf Wars’, a arte se volta contra o ex primeiro ministro Winston Churchill, que aparece com um moicano verde feito de grama.




Banksy costuma usar dois animais como forma de expressar sua desobediência ao sistema. Os macacos e as ratazanas, que ganham feições humanas, relembram o espectador das semelhanças entre o comportamento dos bichos e o de seres humanos.

Já os roedores, com sua capacidade de adaptação e sobrevivência, aparecem normalmente associados a símbolos anárquicos, contra o establishment.




As intervenções de Banksy na região ocupada da Faixa de Gaza também são destaque, com uma área inteira dedicada à arte urbana e ao Walled Off Hotel, alojamento que abriu há dois anos com vista privilegiada do muro que separa Israel dos territórios palestinos.

Questionado no Instagram no ano passado sobre a mostra ‘Genius or Vandal’, Banksy desdenhou. ‘Não cobro para as pessoas verem a minha arte, a não ser que haja uma roda gigante’.

A resposta é uma alusão ao fato de todas as exposições criadas pelo artista terem entrada gratuita, com exceção de ‘Dismaland’, de 2015, em que o britânico e outros artistas, criaram uma espécie de parque de diversões distópico, cheio de críticas sociais e políticas.


Obra de Banksy em Paris Benoit Tesier



‘Bansky: Genius or Vandal?’ 
Quando: Seg., ter., qua., qui., sex. e dom.: 10h às 19h. Sex.: 10h às 20h
Onde: Cordoaria Nacional, av. da Índia, Lisboa
Preço: 13 euros (R$ 55)



Fonte: Giuliana Miranda, Lisboa  |  FSP




(JA, Jul19)


quinta-feira, 28 de junho de 2018

Banksy toma as ruas de Paris com sete obras provocativas



Com a discussão sobre a crise migratória em alta na Europa, o grafiteiro abordou essa e outras questões polêmicas em suas pinturas em Stencil 

Conhecido por assinar obras de teor político, o artista anônimo Banksy confirmou a autoria de sete novos murais que apareceram em Paris nos últimos dias.




Os grafites abordam a crise migratória europeia, em um momento e que a questão é debatida pelos principais líderes políticos do continente. Na quarta-feira passada (20), ‘Dia Mundial do Refugiado’, pedestres notaram no norte da cidade o stencil de uma menina negra pintando um papel de parede rosa em cima de uma suástica.





Em uma outra obra, um rato, marca registrada de Bansky, aparece segurando um cortador de caixas no Centro Pompidou. Os trabalhos foram atribuídos à Banksy pelo site Artistik Rezo, mas logo depois, o artista postou em seu próprio instagram uma foto do stencil com a legenda

‘Cinquenta anos desde a insurreição em Paris 1968. O berço da arte moderna em stencil’.



Em setembro do ano passado, o grafiteiro pintou dois murais em Londres em homenagem ao artista Jean-Michel Basquiat. Especula-se que Banksy seja, na verdade, o vocalista da banda Massive Attack, Robert Del Naja, mas essa informação nunca foi oficialmente confirmada.

Mais fotos dos grafites de Banksy em Paris: 










 Texto: Isabella Purkote  |  Casa Cláudia

 (JA, Jun18)