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quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Centro Cultural FIESP abre exposição de Adelio Sarro com obras inéditas no Brasil


Conhecido como ‘O Brasileiro Global’, artista paulista traz 53 obras para o Espaço de Exposições entre 5 de dezembro de 2018 e 13 de janeiro de 2019. Dentre pinturas e esculturas, estão obras com acessibilidade para deficientes visuais. A entrada é gratuita

Braços de Gigante

Nome recorrente no exterior, o artista paulista Adelio Sarro traz 53 obras inéditas no Brasil para a exposição ‘Sarro: O Brasileiro Global’. A mostra estreia no Espaço de Exposições do Centro Cultural Fiesp dia 5 de dezembro e fica em cartaz até 13 de janeiro de 2019, com entrada gratuita.
Dentre as 48 pinturas e cinco esculturas escolhidas pelo curador Eduardo Zompero Dias, o público ainda vai poder conferir oito obras do ‘Projeto Arte Acesso’, fruto da preocupação recorrente de Sarro com a acessibilidade. Nelas, os visitantes com deficiência visual podem captar as figuras e texturas por meio de legendadas em braile e também do toque. Comenta Sarro:
‘Sempre penso na possibilidade de fazer um trabalho que atinja o maior número de pessoas. Fiz obras para uma classe que frequenta museus e galerias, fiz esculturas monumentais para praças públicas, e depois senti necessidade de produzir para o público que não tem acesso às artes, o deficiente visual’. 

Força Materna

Além das texturas, a sobreposição de cores, a luminosidade e a transparência também têm papel de destaque nos traços de cada personagem, marcados pelos pés e mãos grandes e pelo olhar expressivo. A temática do cotidiano do campo, da pobreza e do desmatamento permeiam todas as fases da carreira do artista, cujo trabalho é fortemente inspirado por Cândido Portinari, Di Cavalcanti e Mário Gruber.

Energia da Terra

Filho de agricultores e autodidata, o artista de 68 anos começou a desenhar ainda criança, trabalhando com suportes diferentes, como madeira, mármore, metal e papel. Segundo o curador, ‘a mostra apresenta uma linha do tempo e sua trajetória como artista, com criações de vários períodos, que se misturam a sua própria história de vida’.
O nome da exposição ‘Sarro: O Brasileiro Global’ é inspirado no título dado ao artista pelo crítico parisiense André Parinaud, em 2001, pela projeção internacional que sua obra ganhou ao longo dos anos.
Suas obras podem ser vistas na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Genebra; no Museu Imperial do Japão; no Changjiang Museum, na China; no Santuário Nacional de Aparecida (Brasil)’ e em diversos outros espaços no Brasil e no exterior.
Esculturas monumentais em concreto também podem ser vistas em diversas cidades brasileiras, dentre elas São Caetano do Sul, Embu, Brodowski, Andradina, Jardinópolis e Santa Fé do Sul. Em outubro deste ano, Sarro fundou o ‘Memorial de Arte Adelio Sarro - MAAS’, na cidade de Vinhedo.

'Sarro: O Brasileiro Global’
Espaço de Exposições do Centro Cultural - Fiesp  |  Avenida Paulista, 1313 – em frente à estação Trianon-Masp do Metrô | Tel.: (11) 3146-7439 |  www.centroculturalfiesp.com.br
De 05/12/18  a  13/01/19
De terça a sábado, das 10h às 22h, e domingo, das 10h às 20h
Grátis

(JA, Nov18)

quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

Mostra expõe fotógrafo alemão que retratou modernização de São Paulo


Fotografo  alemão Theodor Preising, 1883-1962

A partir de um repertório de 15 mil negativos, o curador Rubens Fernandes selecionou 61 imagens do fotógrafo Theodor Preising (1883-1962) que mostram o período de urbanização e modernização de São Paulo, entre 1920 e 1940.
Os trabalhos do alemão estão reunidos na exposição ‘São Paulo: Sinfonia de uma Metrópole’, na Fiesp, dividida em quatro assuntos, como celebrações, a cidade, colheita de café e a chegada de imigrantes japoneses e europeus ao estado.
‘Durante esse período, a cidade estava pulsante e moderna. Todo esse fervor aconteceu em decorrência da exportação do café, trabalho feito pelos imigrantes da época’, diz o curador, explicando a escolha das imagens presentes na mostra.
Imigrante alemão, Preising deixou a sua terra natal após a Primeira Guerra Mundial, quando a Alemanha enfrentava uma forte crise econômica por ter perdido o conflito e ter tido que arcar com dívidas com a Inglaterra e a França.
Ao chegar no Brasil, o alemão teve, como define o curador, uma ‘visão empreendedora’.
Formado em fotografia, ele tinha experiência como repórter no front de guerra, mas no Brasil ele mudou o foco de trabalho e começou a comercializar cartões-postais com fotos que fazia de São Paulo.
‘Isso deu um gás para que Preising começasse a ser reconhecido no Brasil’, explica Fernandes.
A partir desse sucesso, o alemão passou a colaborar para publicações como na ‘Revista S. Paulo’ e ‘National Geographic’, além de ter trabalhado, durante o governo de Getúlio Vargas, no Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP).
Além de garantir seu sustento, o sucesso dos postais possibilitou que Preising trouxesse a família para o Brasil.
ANONIMATO
Segundo o curador, esta é a primeira mostra individual do fotógrafo em São Paulo.
Fernandes contou que, durante o processo de montagem da exposição, lhe perguntaram como tinha ‘descoberto’ o trabalho do fotógrafo.
‘Eu não descobri ele’", explica o curador. ‘Eu acompanho o trabalho dele há mais de 30 anos, e ele está na coleção Pirelli/Masp, mas ainda não é reconhecido’.
‘Eu costumo dizer que a história da fotografia brasileira é um iceberg, já que conhecemos apenas a ponta dele, sendo que temos muitos fotógrafos que ainda não emergiram’, diz Fernandes. ‘Estamos escavando essa memória para trazê-la à superfície’.
O curador lamenta que, apesar de alemão ter sido um dos primeiros fotógrafos a imigrar o Brasil, ‘ele não tenha nem um livro de sua autoria’.
Por isso, Fernandes acredita que a exposição, além de ser uma homenagem para São Paulo, que completou 464 anos na semana passada, também tem o objetivo de garantir que Preising não desapareça da história da fotografia.
*
SÃO PAULO: SINFONIA DE UMA METRÓPOLE
QUANDO até 25/3; ter. a sáb. das 10h às 22h
ONDE Fiesp, av. Paulista 1.313, te. (11) 3146-7439
QUANTO grátis


Texto: Isabella Menon   |   FSP



(JA, Jan18)


Chegada imigrantes asiáticos, 1930


Imigrantes asiáticos, Porto de Santos, 1930



Praça do Patriarca, ~1930



Carnaval, Av. São João, 1936



Rua XV Nov, 1940




Parque do Anhangabaú e o novo Viaduto do Chá,1940