quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

Mostra expõe fotógrafo alemão que retratou modernização de São Paulo


Fotografo  alemão Theodor Preising, 1883-1962

A partir de um repertório de 15 mil negativos, o curador Rubens Fernandes selecionou 61 imagens do fotógrafo Theodor Preising (1883-1962) que mostram o período de urbanização e modernização de São Paulo, entre 1920 e 1940.
Os trabalhos do alemão estão reunidos na exposição ‘São Paulo: Sinfonia de uma Metrópole’, na Fiesp, dividida em quatro assuntos, como celebrações, a cidade, colheita de café e a chegada de imigrantes japoneses e europeus ao estado.
‘Durante esse período, a cidade estava pulsante e moderna. Todo esse fervor aconteceu em decorrência da exportação do café, trabalho feito pelos imigrantes da época’, diz o curador, explicando a escolha das imagens presentes na mostra.
Imigrante alemão, Preising deixou a sua terra natal após a Primeira Guerra Mundial, quando a Alemanha enfrentava uma forte crise econômica por ter perdido o conflito e ter tido que arcar com dívidas com a Inglaterra e a França.
Ao chegar no Brasil, o alemão teve, como define o curador, uma ‘visão empreendedora’.
Formado em fotografia, ele tinha experiência como repórter no front de guerra, mas no Brasil ele mudou o foco de trabalho e começou a comercializar cartões-postais com fotos que fazia de São Paulo.
‘Isso deu um gás para que Preising começasse a ser reconhecido no Brasil’, explica Fernandes.
A partir desse sucesso, o alemão passou a colaborar para publicações como na ‘Revista S. Paulo’ e ‘National Geographic’, além de ter trabalhado, durante o governo de Getúlio Vargas, no Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP).
Além de garantir seu sustento, o sucesso dos postais possibilitou que Preising trouxesse a família para o Brasil.
ANONIMATO
Segundo o curador, esta é a primeira mostra individual do fotógrafo em São Paulo.
Fernandes contou que, durante o processo de montagem da exposição, lhe perguntaram como tinha ‘descoberto’ o trabalho do fotógrafo.
‘Eu não descobri ele’", explica o curador. ‘Eu acompanho o trabalho dele há mais de 30 anos, e ele está na coleção Pirelli/Masp, mas ainda não é reconhecido’.
‘Eu costumo dizer que a história da fotografia brasileira é um iceberg, já que conhecemos apenas a ponta dele, sendo que temos muitos fotógrafos que ainda não emergiram’, diz Fernandes. ‘Estamos escavando essa memória para trazê-la à superfície’.
O curador lamenta que, apesar de alemão ter sido um dos primeiros fotógrafos a imigrar o Brasil, ‘ele não tenha nem um livro de sua autoria’.
Por isso, Fernandes acredita que a exposição, além de ser uma homenagem para São Paulo, que completou 464 anos na semana passada, também tem o objetivo de garantir que Preising não desapareça da história da fotografia.
*
SÃO PAULO: SINFONIA DE UMA METRÓPOLE
QUANDO até 25/3; ter. a sáb. das 10h às 22h
ONDE Fiesp, av. Paulista 1.313, te. (11) 3146-7439
QUANTO grátis


Texto: Isabella Menon   |   FSP



(JA, Jan18)


Chegada imigrantes asiáticos, 1930


Imigrantes asiáticos, Porto de Santos, 1930



Praça do Patriarca, ~1930



Carnaval, Av. São João, 1936



Rua XV Nov, 1940




Parque do Anhangabaú e o novo Viaduto do Chá,1940


segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Mostra em Nova York traça retrato íntimo de Michelangelo


Vermelho talvez seja a cor mais lembrada pelos que saem da mostra de Michelangelo agora no Metropolitan. Não um vermelho vivo, mas o tom opaco do giz, algo entre a carne e o mármore. Seus anjos, homens e monstros tomam forma aos poucos, em traços vaporosos, nos mais de cem desenhos dessa exposição.

Em grande parte estudos e esboços, essas obras reunidas até o mês que vem, em Nova York, revelam os métodos e a arquitetura secreta por trás dos trabalhos de um dos maiores artistas da história.
Suas figuras ali mudam de posição e escala -montanhas de músculos sobre a folha de papel que lembram às vezes deslizamentos de terra quando o artista mudava de ideia sobre seus contornos e não apagava versões anteriores.
Nesse sentido, estar diante desses trabalhos é como observar o mestre renascentista em seu ateliê, uma intimidade reforçada pela escala das obras. Esses pequenos desenhos ficam quase na penumbra –frágeis demais para aguentar um holofote– e exigem que os espectadores cheguem muito perto deles.
É esse contato com os mínimos detalhes que acaba revelando a monumentalidade de sua obra. Morto aos 88, em 1564, Michelangelo atravessou um momento de transformação na história da arte em que o desenho e a perspectiva se tornavam os alicerces inabaláveis de um universo retratado à base da fricção entre a anatomia e a geometria.
Escultor, arquiteto e anatomista, Michelangelo trabalhava sobre a folha de papel como quem construía um mundo real e físico, os traços como linhas mestras de algo que poderia ter vida própria.
E essa mostra deslumbrante do Metropolitan revela os momentos em que as figuras deixam de ser abstrações ou coisas mentais para respirar pela primeira vez –músculo por músculo, fibra por fibra.
Em sequências quase cinematográficas, em que um traço se sobrepõe a outro até as linhas tomarem corpo em esboço atrás de esboço, surgem figuras como o Adão do teto da Capela Sistina, um jovem arqueiro, os soldados amontoados da batalha de Cascina e coleções de braços, pernas, mãos, pés e olhos, como um catálogo de corpos infinitos.
Michelangelo, que desenhava seus homens começando pelas pernas fortes como colunas de sustentação de um templo, não escondeu o desejo que sentia pelo corpo masculino, um encanto por formas e volumes robustos que frequentam sua obra dos primórdios até o fim.
O número estonteante desses desenhos reforça essa impressão, mas outra ala belíssima da mostra, onde estão retratos de alguns dos homens pelos quais Michelangelo se apaixonou, revela como o artista também se deixou levar por emoções e sentimentos que vão além de um estudo anatômico cerebral.

Seu retrato do jovem aristocrata Andrea Quaratesi, que parece olhar para o artista que o desenha, é de uma força sublime. Em vez de músculos, é um rosto delicado, de espontaneidade chocante, que domina o quadro.
Toda a dureza arquitetônica de Michelangelo se dissolve nesses retratos ao mesmo tempo firmes e reticentes, como se fosse mais fácil desenhar deuses musculosos em torções dramáticas do que fixar o poder desarmado do olhar desses jovens amantes.
Tanto que em seus esboços quase nunca aparecem rostos. Enquanto pernas, braços, costas e peitorais têm contornos nítidos, nunca há uma face que possa dizer seu nome. É como se Michelangelo estivesse mais à vontade com a pedra do que com a carne que tentava imitar no mármore.


MICHELANGELO
QUANDO de dom. a qui., 10h às 17h30; sex. e sáb., 10h às 21h; até 12/2
ONDE Metropolitan, 1.000 5th Ave., Nova York; informações em www.metmuseum.org
QUANTO US$ 25 (ou R$ 78,50)
AVALIAÇÃO ótimo


Texto: Silas Marti
Imagens:   ‘Retrato de Andrea Quaratesi’, esboço concluído em 1534 por Michelangelo
                  ‘Punição de Tício’
                  ‘Estudos para a Sibila Líbia no Teto da Capela Sistina’



(JA, Jan18)

domingo, 28 de janeiro de 2018

Impacto do ensino da arte (ou da falta dele) na percepção do mundo


'A arte é o casamento do ideal e do real. Fazer arte é um ramo da artesania. Artistas são artesãos, mais próximos dos carpinteiros e dos soldadores do que dos intelectuais e dos acadêmicos, com sua retórica inflacionada e auto referencial. A arte usa os sentidos e a eles fala. Funda-se no mundo físico tangível'. -  Camille Paglia, em ‘Imagens Cintilantes’

A escritora norte-americana Camille Paglia é conhecida por desafiar as ideias em voga nos mais diversos campos. Professora de Humanidades e Estudos Midiáticos da University of the Arts da Filadélfia, é autora de obras que misturam cultura pop, história da arte, sexualidade e os diferentes meios que tornam o homem um espectador: seja na frente da televisão, de um Pollock ou de sua própria vida.
Em sua mais recente obra ‘Imagens Cintilantes’ – uma viagem através da arte desde o Egito a ‘Star Wars’ (Apicuri, 2014), Camille retorna ao local que a consagrou, a crítica à arte contemporânea. No livro, a autora analisa 29 obras que considera fundamentais na história da arte e afirma, com certa decepção, que os jovens deixaram ofícios como a pintura e a escultura para emprestar sua lealdade à tecnologia e ao design industrial.
Paglia resumiu o panorama que motivou a criação de Imagens Cintilantes:
‘O olho sofre com anúncios piscando na rede. Para se defender, o cérebro fecha avenidas inteiras de observação e intuição. A experiência digital é chamada interativa, mas o que eu vejo como professora, é uma crescente passividade dos jovens, bombardeados com os estímulos caóticos de seus aparelhos digitais. Pior: eles se tornam tão dependentes da comunicação textual e do correio eletrônico, que estão perdendo a linguagem do corpo’.

De acordo com ela, esta degeneração gradativa da percepção/expressão tem um grande inimigo: o mercado – das galerias às instituições de ensino. Segundo a norte-americana, este mercado não é apenas um objeto a ser combatido, mas sim um profundo problema de visão sobre a vida, que parte, também, do espectador. Ensinado a enxergar o mundo apenas de forma política e ideológica, o homem contemporâneo teria perdido a esfera do sensível, do invisível, do metafísico. Este contexto de constante estímulo atinge a sociedade como um todo, como Camille argumenta logo na introdução da obra:
‘A vida moderna é um mar de imagens. Nossos olhos são inundados por figuras reluzentes e blocos de texto explodindo sobre nós por todos os lados. O cérebro, super estimulado, deve se adaptar rapidamente para conseguir processar esse rodopiante bombardeio de dados desconexos. A cultura no mundo desenvolvido é hoje definida, em ampla medida, pela onipresente mídia de massa e pelos aparelhos eletrônicos servilmente monitorados por seus proprietários. A intensa expansão da comunicação global instantânea pode ter concedido espaço a um grande número de vozes individuais, mas, paradoxalmente, esta mesma individualidade se vê na ameaça de sucumbir.

Como sobreviver nesta era da vertigem? Precisamos reaprender a ver. Em meio à tamanha e neurótica poluição visual, é essencial encontrar o foco, a base da estabilidade, da identidade e da direção na vida. As crianças, sobretudo, merecem ser salvas deste turbilhão de imagens tremeluzentes que as vicia em distrações sedutoras e fazem a realidade social, com seus deveres e preocupações éticas, parecer estúpida e fútil. A única maneira de ensinar o foco é oferecer aos olhos oportunidades de percepção estável – e o melhor caminho para isso é a contemplação da arte’.

Ainda em seu texto introdutório, Camille critica as instituições de ensino por falharem completamente no ensino da visão que nos tiraria desta vertigem. Se precisamos reaprender a ver, as faculdades de arte, para ela, poderiam ser consideradas mais um empecilho do que uma parceira nesta tarefa.
Veja, o que ela tem dizer sobre isso a partir de excerto do livro Imagens cintilantes:
‘É de uma obviedade alarmante que as escolas públicas norte-americanas têm feito um mau serviço na educação artística dos estudantes. Da pré-escola em diante, a arte é tratada como uma prática terapêutica – projetos com cartolina do tipo “faça você mesmo” e pinturas com os dedos para liberar a criatividade oculta das crianças. Mas o que de fato faz falta é um quadro histórico de conhecimentos objetivos acerca da arte. As esporádicas excursões ao museu, mesmo que haja um por perto, são inadequadas. Os cursos de história da arte deveriam ser integrados ao currículo do ensino primário, fundamental e médio – uma introdução básica à grande arte e a seus estilos e símbolos. O movimento multiculturalista que se seguiu à década de 1960 ofereceu uma tremenda oportunidade para expandir o nosso conhecimento do mundo da arte, mas suas abordagens têm com demasiada frequência sacrificado a erudição e a cronologia em favor de um partidarismo sentimental e de queixumes rotineiros.

Era de se esperar que as faculdades que oferecem cursos de artes liberais dessem ênfase à educação artística, mas não é esse o caso. O atual currículo, de estilo self-service, torna os cursos de história da arte disponíveis, mas não obrigatórios. Com raras exceções, as universidades abandonaram toda noção de um núcleo de aprendizado. Os departamentos de humanidades oferecem uma mixórdia de cursos feitos sob medida para os interesses de pesquisa dos professores. Tem havido um gradual eclipse, nos Estados Unidos, do curso de história geral da arte, que cobria magistralmente, em dois semestres, da arte das cavernas ao modernismo. Apesar de sua popularidade entre os estudantes, que se recordam deles como pontos culminantes em suas vivências universitárias, os cursos gerais são cada vez mais vistos como excessivamente pesados, superficiais ou eurocêntricos – e não há mais vontade institucional de estendê-los para a arte mundial.

Jovens professores, criados em meio ao pós-estruturalismo, com sua suspeita mecânica da cultura, consideram-se especialistas, e não generalistas, e não foram treinados para pensar sobre trajetórias tão vastas. O resultado final é que muitos alunos de humanidades se formam com pouco senso da cronologia ou da deslumbrante procissão de estilos que constituía a arte ocidental.

A questão mais importante acerca da arte é: o que permanece e por quê?

As definições de beleza e os padrões de gosto mudam constantemente, mas padrões persistentes subsistem. Defendo uma visão cíclica da cultura: os estilos crescem, chegam ao ápice e decaem para tornarem a florescer, num renascer periódico. A linha de influência artística pode ser vista claramente na cultura ocidental, com várias interrupções e recuperações, desde o Egito antigo até hoje – uma saga de 5 mil anos que não é (como diria o jargão acadêmico) uma ‘narrativa’ arbitrária e imperialista. Grande número de objetos teimosamente concretos – não apenas ‘textos’ vacilantes e subjetivos – sobrevivem desde a antiguidade e as sociedades que moldaram.

A civilização é definida pelo direito e pela arte. As leis governam o nosso comportamento exterior, ao passo que a arte exprime nossa alma. Às vezes, a arte glorifica o direito, como no Egito; às vezes, desafia a lei, como no Romantismo.

O problema com abordagens marxistas que hoje permeiam o mundo acadêmico (via pós-estruturalismo e Escola de Frankfurt) é que o marxismo nada enxerga além da sociedade. O marxismo carece de metafísica – isto é, de uma investigação da relação do homem com o universo, inclusive a natureza. O marxismo também carece de psicologia: crê que os seres humanos são motivados apenas por necessidades e desejos materiais. O marxismo não consegue dar conta das infinitas refrações da consciência, das aspirações e das conquistas humanas.

Por não perceber a dimensão espiritual da vida, ele reduz reflexivamente a arte à ideologia, como se o objeto artístico não tivesse outro propósito ou significado além do econômico ou do político.

Hoje, ensinam aos estudantes a olhar a arte com ceticismo, por seus equívocos, suas parcialidades, suas omissões e ocultos jogos de poder. Admirar e honrar a arte, exceto quando transmite mensagens politicamente corretas, é considerado ingênuo e reacionário. Um único erudito marxista, Arnold Hauser, em seu épico estudo de 1951, ‘A história social da arte’, teve bom êxito na aplicação da análise marxista, sem perder a magia e o mistério da arte. E Hauser (uma das influências iniciais do meu trabalho) trabalhava com base na grande tradição da filologia alemã, animada por uma ética erudita que hoje se perdeu.

A arte é o casamento do ideal e do real. Fazer arte é um ramo da artesania. Artistas são artesãos, mais próximos dos carpinteiros e dos soldadores do que dos intelectuais e dos acadêmicos, com sua retórica inflacionada e auto referencial. A arte usa os sentidos e a eles fala. Funda-se no mundo físico tangível.

O pós-estruturalismo, com suas origens linguísticas francesas, tem a obsessão pelas palavras e, com isso, é incompetente para interpretar qualquer forma de arte além da literatura. O comentário sobre arte deve abordá-la e descrevê-la em seus próprios termos. Deve-se manter um delicado equilíbrio entre os mundos visível e invisível. Aqueles que subordinam a arte a uma agenda política contemporânea são tão culpados de propaganda e rigidez literal como qualquer pregador vitoriano ou burocrata stalinista’.


Fonte: Fronteiras do Pensamento   |   Revista Prosa , Verso e Arte



(JA, Jan18)

quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

São Paulo 464 anos - Obras-primas que podem ser vistas nos museus da capital

São Paulo, 25 de janeiro de 2018 - Considerada uma das cidades mais culturais do planeta, São Paulo tem mais de 150 museus, onde estão expostos quadros de alguns dos maiores pintores da história, como os brasileiros Cândido Portinari e Tarsila do Amaral, o espanhol Pablo Picasso e o francês Auguste Renoir. Uma boa dica para curtir o aniversário de 464 anos da cidade, comemorado hoje (25), é conhecer algumas dessas obras-primas. Segue abaixo informações de serviços e detalhes de 5 pinturas famosas que podem ser vistas nos museus da capital paulista.


1)    Mestiço - Cândido Portinari


Pintada em 1934 e disponível para visitação na Pinacoteca, a obra 'Mestiço' é a mais conhecida de Cândido Portinari, e mostra um trabalhador de braços fortes em frente a plantações de café e de banana. Os traços corporais do homem denotam a origem miscigenada da população brasileira, enquanto as grandes proporções da cabeça e das mãos indicam a exaltação da classe operária. Paulista nascido na pequena cidade de Brodowski, na região de Ribeirão Preto, Portinari foi um dos grandes representantes do Modernismo e o pintor brasileiro que alcançou maior prestígio internacional, tendo produzido em sua vida mais de cinco mil obras.
Endereço Pinacoteca: Praça da Luz, 2 – Luz Telefone: (11) 3324-1000
Horário de funcionamento: De quarta a segunda-feira, das 10h às 17h30, com permanência até as 18h. Possui bicicletário e estacionamento gratuito. Fechada às terças-feiras.
Entrada: Gratuita aos sábados. Nos demais dias, R$ 6 (com meia-entrada para estudantes com carteirinha). Menores de 10 anos e maiores de 60 são isentos de pagamento.


2)    Estrada de Ferro Central do Brasil - Tarsila do Amaral


Também modernista, a paulista Tarsila do Amaral sempre esteve muito à frente de seu tempo. Pintada em 1924, a tela 'Estrada de Ferro Central do Brasil' tornou-se um ícone do Manifesto e Movimento Pau-Brasil, contrapondo uma paisagem rural ao progresso representado pela estrada de ferro. Com cores fortes, o quadro mostra uma composição geométrica influenciada por Fernand Léger, artista que colocou em prática um cubismo mais flexível que aquele feito por Picasso e foi professor de Tarsila no período em que ela morou na França. Ao lado de 'Abaporu', 'Antropofagia', 'Operários' e 'A Negra', está entre as grandes obras da artista e pode ser visitada gratuitamente no Museu de Arte Contemporânea (MAC) da Universidade de São Paulo (USP).
Endereço MAC: Avenida Pedro Álvares Cabral, 1301 – Vila Mariana  Telefone: (11) 2648-0254
Horário de funcionamento: Aberto às terças-feiras, das 10h às 21h, de quarta a domingo, das 10h às 18h e fechado às segundas-feiras.
Entrada: Gratuita


3)    Figuras - Pablo Picasso

Também pertencente ao acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea, a tela 'Figuras' foi pintada no ano de 1945 pelo pintor espanhol Pablo Picasso e apresenta dois rostos convergindo. A obra, cujas formas remetem ao símbolo pelo qual o ying-yang é caracterizado, mescla características surrealistas (mais predominantes) e elementos cubistas (como a perspectiva angulada e geometrização).
Endereço MAC: Avenida Pedro Álvares Cabral, 1301 – Vila Mariana Telefone: (11) 2648-0254
Horário de funcionamento: Aberto às terças-feiras, das 10h às 21h, de quarta a domingo, das 10h às 18h e fechado às segundas-feiras.
Entrada: Gratuita


4)    Meninas Cahen d'Anvers - Auguste Renoir


Também conhecida como 'Rosa e Azul', essa pintura a óleo do impressionista Auguste Renoir pode ser apreciada em uma visita ao MASP - Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand. Pintado em 1881, o quadro exibe as irmãs Elizabeth e Alice Cahen d'Anvers, integrantes de uma família aristocrata da cidade italiana de Trieste. Renoir foi contratado pelo pai para fazer o retrato das meninas, mas não gostou do resultado e o deixou esquecido por décadas em uma das casas da família. A gravura contém as principais técnicas utilizadas por Renoir, incluindo suas cores preferidas: rosa e azul.
Endereço MASP: Avenida Paulista, 1578 - Bela Vista Telefone: (11) 3149-5959
Horário de funcionamento: Aberto de terça a domingo, das 10h às 18h (bilheteria aberta até as 17h30). Às quintas-feiras, das 10h às 20h (bilheteria aberta até as 19h30). Fechado às segundas-feiras.
Entrada: Gratuita às terças-feiras. Nos demais dias, R$ 30 (com meia entrada para estudantes, professores e maiores de 60 anos). Crianças até 10 anos não pagam.


5)    Anunciação - El Greco


O tema da 'Anunciação' é recorrente na obra do pintor e escultor grego Doménikos Theotokópoulos, conhecido como El Greco. O quadro exposto no MASP, representação de um trecho do Evangelho de São Lucas, traz a Virgem Maria, o anjo Gabriel e uma pomba branca. Representante da renascença espanhola (pois morou a maior parte da vida na Espanha), El Greco é considerado um dos precursores de outros dois movimentos: expressionismo e cubismo.
Endereço MASP: Avenida Paulista, 1578 - Bela Vista,  Telefone: (11) 3149-5959
Horário de funcionamento: Aberto de terça a domingo, das 10h às 18h (bilheteria aberta até as 17h30). Às quintas-feiras, das 10h às 20h (bilheteria aberta até as 19h30). Fechado às segundas-feiras.
Entrada: Gratuita às terças-feiras. Nos demais dias, R$ 30 (com meia entrada para estudantes, professores e maiores de 60 anos). Crianças até 10 anos não pagam.



(JA, Jan18)

quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Cerca de 300 fotografias espelham carreira de Chichico Alkmin no IMS



Ao longo de quatro décadas, Chichico Alkmim (1886-1978) fotografou.
Integrante de uma geração de retratistas, ele transmitia sua linguagem com ‘olhar de pintor’, em imagens que se assemelham a ‘pinturas renascentistas’.
Assim Eucanaã Ferraz, curador de mostra com cerca de 300 imagens que chega a São Paulo, após passagem pela sede carioca do IMS, define o trabalho do fotógrafo.
A mostra começa com retratos que remetem ao ateliê de Chichico e segue com fotografias de Diamantina, em que estão representados o comércio, a indústria, o garimpo e as festas populares.
Alkmim se instalou na cidade mineira em 1912, depois de viajar pela região vendendo joias com seu pai.
Nos retratos apresentados no início da exposição, é notável a preocupação dos fotografados em aparecerem bem vestidos independentemente da classe social.
O fundo das imagens mostra paisagens pintadas como cenários. ‘Era a sua tentativa de montar um estúdio’, explica Ferraz.
Em seguida, a mostra segue fotos ao aberto. Mesmo fora do estúdio, Alkmim não perde sua marca registrada; fotos posadas contra algum cenário ou pano de fundo são quase sempre a regra.
Em algumas fotografias, nota-se a presença de flores nos trajes das pessoas fotografadas. ‘É uma vontade de compor algo anticonvencional’, diz o curador.
Outra característica é a constante presença de crianças nos cliques do fotógrafos. Algumas mostram contrastes sociais do período.
Em uma época que o uso sapato denotava distinção de classe, o elemento do vestuário deixa perceber que Alkmim contemplava desde as classes mais abastadas aos mais pobres em seus retratos.
‘Nem todas as crianças usavam sapato, e as que usavam as vezes usavam em só um pé para não gastar’, explica o curador.
De acordo com Ferraz, estudos mostram que Alkmim não cobrava de algumas pessoas, e as fotografava em troca de um pedaço de rapadura ou de uma galinha.
‘Era uma coisa completamente doméstica’, diz Ferraz. ‘Ao mesmo tempo, ele foi se tornando um exímio artista da luz, das texturas, da composição que era uma coisa indisponível da época’.
Em um espaço anexo ao corpo da exposição, em uma pequena sala, são expostos materiais que o fotógrafo utilizava na época, como negativos de vidro e imagens impressas pelo artista.
A mostra contém também uma máquina fotográfica que se assemelha à que Alkmim utilizava na época; ao seu lado, há uma explicação sobre o funcionamento do equipamento.
ANJINHOS
Nas fotos que contemplam as festas populares, ele também retratava os ‘anjinhos’, como eram chamadas as crianças que morriam.
‘Ele foi um dos últimos a fotografar essas cerimônias’, nas quais as crianças eram vestidas de anjos. ‘São fotos impactantes’, define Ferraz sobre a série que mostra pais velando os filhos assim representados.
‘Acreditava-se na pureza de quem teve a chance de morrer criança e, portanto, ser um anjo. Sendo um anjo, a crença era que a criança poderia interceder em favor dos seus familiares’.
*

CHICHICO ALKMIM, FOTÓGRAFO
QUANDO até 15/4; ter. e qua. a dom. das 10h às 20h e qui. das 10h às 22h
ONDE Instituto Moreira Salles, av. Paulista, 2.424
QUANTO entrada gratuita


Texto: Isabella Menon   |   FSP
Imagem: Homens de Diamantina posam para foto em parque, 1945 



(JA, Jan18)

quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Centros Culturais | MASP - Museu de Arte de São Paulo



O Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand ou simplesmente MASP é o resultado do esforço de duas pessoas, coadjuvadas por Edmundo Monteiro.
Sua inauguração aconteceu no dia 2 de outubro de 1947 por Assis Chateaubriand, até então fundador e proprietário dos Diários e Emissoras Associados e pelo professor Pietro Maria Bardi, jornalista e crítico de arte na Itália e recém chegado ao Brasil.
O que pouca gente sabe é que Chateaubriand queria instalar o MASP na cidade do Rio de Janeiro, mas diversos aspectos o fizeram mudar de ideia e focar seus esforços na cidade de São Paulo.
Decidido isso e unido ao casal Pietro Maria Bardi e Lina Bo Bardi (uma importante arquiteta formada em Roma), Chateuabriand começou a construir seu sonho. Outro personagem, citado lá no começo do texto, merece um destaque especial: Edmundo Monteiro.
Edmundo ingressou no grupo Associados muito jovem e seu primeiro emprego foi de office-boy. E foi um caso de amor a primeira vista. Adorou todo o universo que o cercava: jornais, revistas e o rádio. E, graças a isso, foi galgando degraus até chegar ao cargo de presidente de uma das unidades mais rentáveis do grupo.
Seu posto permitiu proporcionar a Assis Chateaubriand meios para adquirir relevantes obras de arte, já que era de sua responsabilidade negociar o apoio de anunciantes para arrecadar fundos para esse fim.
Sem a intervenção de Edmundo Monteiro, o empreendimento não teria um sucesso em tão pouco tempo. Em apenas 11 anos, de 1946 a 1957, a coleção do MASP tomou a forma atual.
Graças ao seu grande poder diplomático, Eduardo Monteiro conseguiu negociar a construção do edifício que hoje abriga o MASP, no Belvedere do Trianon, que havia sido demolido para a realização da 1ª Bienal Internacional de Arte de São Paulo em 1951.
Nos momentos mais delicados da vida do MASP, Edmundo Monteiro assumiu sua presidência conduzindo-o até a eleição de seu sucessor o Sr. Hélio Dias de Moura.
Em um primeiro momento, o MASP ficou instalado no edifício dos Diários Associados, com algumas adaptações estruturais feitas por Lina Bo Bardi.
Lina Bo Bardi era uma arquiteta modernista italiana e esposa do professor Bardi. Ela foi a responsável pela arquitetura do atual prédio do MASP.
O terreno da Avenida Paulista havia sido doado à municipalidade com a condição de que a vista para o centro da cidade bem a da serra da Cantareira fosse preservada, através do vale da avenida 9 de Julho. Modificações na postura municipal quanto às edificações nessa avenida mudou, infelizmente, essa paisagem.
Para conseguir manter essa exigência de preservar a vista do centro da cidade, Lina Bo Bardi idealizou um prédio sustentado por quatro pilares, que daria uma vista interessante e simples do centro da cidade.
Em construção civil é o único prédio no mundo pela sua peculiaridade: o corpo principal pousado sobre quatro pilares laterais com um vão livre de 74 metros.
Essa estrutura avançada exigiu uma solução cujo desafio foi aceito pelo Prefeito Dr. José Carlos de Figueiredo Ferraz que aplicou seu sistema de proteção. Os cálculos foram feitos pelo prof. Dr. José Lourenço de A. B. Castanho.
Construído de 1956 a 1968, a nova sede do MASP. foi inaugurada em 07 de novembro de 1968 com a presença de Sua Majestade a Rainha Elizabeth II, da Inglaterra.
Por ocasião do centenário do professor Bardi (fevereiro 2000) realizou uma grande exposição, onde além das peças mais representativas da coleção Lina Bo Bardi e Pietro Maria Bardi – doadas pelo casal ao museu, foram também expostas outras obras do acervo indicadas pessoalmente por Bardi a Chateaubriand para serem adquiridas.
Uma exposição tão abrangente e importante só poderia ser realizada pela própria equipe do MASP e no espaço mais nobre do museu, ou seja, na Pinacoteca do 2º andar.
A curadoria da exposição foi confiada a Luis Hossaka, amigo, assistente e colaborador do professor e atual curador chefe.
O MASP, entidade cultural sem fins lucrativos tem por finalidade incentivar, divulgar e amparar, por todos os meios a seu alcance, as artes de um modo geral e, em especial, as artes plásticas, visando ao desenvolvimento e, ao aprimoramento cultural do povo brasileiro.
Para esse fim mantém Pinacoteca, Biblioteca, Fototeca, Filmoteca, Videoteca, Cursos de Artes e serviço educativo de apoio às exposições, exibição de filmes e concertos musicais de interesse artístico e cultural.
O visitante pode apreciar no edifício da Avenida Paulista, obras da escola italiana como Rafael, Andrea Mantegna, Botticceli e Bellini; de pintores flamengos como Rembrandt, Frans Hals, Cranach ou Memling. Entre os espanhóis estão Velazquéz e Goya.
A maior parte do núcleo de arte europeia do MASP é de pintura francesa. Podemos apreciar os quatro retratos das filhas de Luiz XV, pintados por Nattier, ou as alegorias das quatro estações de Delacroix. Do movimento impressionista, encontramos várias obras de Renoir, Manet, Monet, Cézanne e Degas. Dos pós-impressionistas é possível apreciar vários quadros de Van Gogh ou de Toulouse-Lautrec.
Um dos destaques do acervo, é o espaço dedicado à coleção completa de esculturas de Edgar Degas. Uma coleção de bronzes, feitos em tiragem de 73 peças, só pode ser vista integralmente no MASP e em poucos museus como no Metropolitan em New York, ou no Museu D`Orsay em Paris.

Fonte: Spinfoco   |   MJ Chermont, Dicas da Chermont
Imagem: Maquete do atual prédio do MASP, com Piero Maria Bardi.


(JA, Jan18)

segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

‘Amar e Viver São Paulo’

No aniversário da cidade, Nilda Luz abre exposição no Pateo do Collegio


Paulistana apaixonada pela cidade onde nasceu, palco de toda a sua existência, Nilda Luz presta homenagem a São Paulo com a exposição individual Amar e Viver São Paulo, aberta para visitação a partir de 25 de Janeiro.
A exposição acontece no Pateo do Collegio. Uma escolha de local significativa: ali nasceu a cidade, há 464 anos, em 25 de janeiro de 1554.
Sendo a data de aniversário de São Paulo sempre um convite para a redescoberta da cidade, a exposição de Nilda Luz torna-se ainda mais relevante. As três dezenas de pinturas da artista apresentadas em Amar e Viver São Paulo oferecem ao espectador a peculiar visão da artista para diversos recortes da cidade
Flagrantes da cidade – Para Nilda Luz, a exposição é, acima de tudo, expressão de seu amor pela cidade. Seu objetivo, afirma, é “despertar a cidadania e o amor por São Paulo”.
Amar e Viver São Paulo reúne 30 obras, cobrindo um arco de tempo de 1984 a 2018. São pinturas de figurativo espontâneo, não acadêmicas, que mesclam um pouco do abstrato com linhas modernas – essa a marca estilística da artista.
A maior parte das obras são pinturas em acrílica, sobre telas de médias e grandes dimensões. Há ainda cinco painéis com pintura sobre tecido (de 250 cm x 180 cm) e dois grandes painéis com pintura sobre lona de caminhão (400 cm x 300 cm) – estes de produção recentíssima, finalizados agora nos primeiros dias deste ano.
Em todas as obras Nilda Luz capta flagrantes da cidade. A artista retrata pontos históricos de São Paulo – da Estação da Luz ao Largo de São Bento, da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco ao Palacete Guanabara na Avenida São João. Retrata também cenas da modernidade da metrópole, dos edifícios grandiosos ao Complexo Viário Água Espraiada.
Em duas telas com o título “Casa da Artista”, Nilda Luz deixa de lado a São Paulo dos cartões postais para registrar a singela e bucólica paisagem florida e arborizada que avista das janelas de sua casa-ateliê, no bairro Jardim São Bento.
Completa a exposição a sugestiva série 'Retrospectiva 1984 – Releitura 2004'. Nela, quatro pequenas pinturas em óleo sobre tela aparecem incrustadas em painéis de madeira e então se expandem – as pinturas originais ganham continuidade através de pintura em acrílica sobre a madeira.
Entusiasmada e curiosa – Palavras da artista Nilda Luz sobre seu trabalho:
‘Sou uma artista entusiasmada e curiosa, que procura ver a beleza das coisas e se propõe a registrar aquilo que vê e sente, razão pela qual o tema urbano é o foco principal de meu trabalho. Mas, antes de tudo, sou uma cidadã paulistana apaixonada pela cidade onde nasci e vivenciei minha própria história. 'Amar e Viver São Paulo' convida a olhar a cidade mais atentamente… Ver a imensa riqueza arquitetônica que se esconde em seus antigos edifícios, em seus monumentos, praças e jardins públicos e nas novas e arrojadas construções que surgem a cada dia e aumentam ainda mais a grandiosidade desta cidade’.
Representante da alma paulistana – Trecho de ‘Nilda Luz e a arte do amor à vida’, texto do curador Carlos Zibel:
“A mostra de Nilda Luz nos oferece a rara oportunidade de avaliar a trajetória de uma artista madura, segura de sua arte e portadora de qualidade pictórica insofismável. A exposição comporta-se um pouco como retrospectiva de suas últimas investigações pictóricas. Colocam-se na sequência de pelo menos duas fases anteriores onde sua técnica adquire linguagem definitivamente própria e surge, em momentos distintos, tanto uma tendência à abstração quanto à afirmação privilegiada da temática histórica, de raiz. (…) A aproximação recorrente aos temas históricos com a calorosa acolhida que tem recebido desde os anos 1980 consagram Nilda Luz como uma artista representante emérita das paisagens e da alma paulistana. (…) [Em seu trabalho] afloram pinceladas rápidas em emplastos generosos de tinta carregados de emoção e sensualidade sem prejuízo, entretanto, do valor estético e do equilíbrio no conjunto pictórico, marcas presentes nas elegantes telas da artista e um dos excelentes atributos advindos de sua formação em arte clássica e modernista.”
A artista – Nilda Luz, nascida em São Paulo, 82 anos completados agora em 6 de Janeiro de 2018, é artista plástica com estudos e formação pela Academia Paulista de Belas Artes, pelo Liceu de Artes e Ofícios e pelo Museu de Arte de São Paulo. É também historiadora, escritora e pesquisadora da cultura gastronômica.
Desde 1979, participou de mais de cinquenta Salões Oficiais de Arte, obtendo inúmeros prêmios – destacando-se os do 42º e do 46º Salão Paulista de Belas Artes, organizados pelo Governo do Estado de São Paulo. Teve trabalhos seus apresentados em diversas exposições coletivas e realizou várias mostras individuais – entre elas ‘Olhar São Paulo’, ‘São Paulo no Planalto’ e ‘Retrospectiva 40 anos de Pintura’.
Entre suas obras adquiridas por colecionadores particulares e entidades públicas e privadas estão 6a coleção ‘Via Sacra’, série de quinze telas expostas na igreja da Consolata no Jardim São Bento, a obra ‘É Madrugada em São Paulo’ exposta na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo e ainda a tela ‘Fundação da Cidade’, exposta na Cripta do Museu Anchieta como acervo permanente do Pateo do Collegio, em São Paulo.
Como escritora-pesquisadora lançou os livros ‘Volta ao Mundo da Gastronomia na cidade de São Paulo’, ‘Brasil – Turismo Gastronômico’, ‘Brasil, campeão de copa e cozinha’ e ‘Viver é Fácil’.
SERVIÇO
O Pateo do Collegio fica na Praça Pateo do Collegio nº 2, Centro – Estação Sé do Metrô –, tel.: (11) 3105-6899.
A mostra Amar e Viver São Paulo, de Nilda Luz, acontece na Cripta do Pateo do Collegio, área de exposições do Museu Anchieta. Duas das obras – os painéis pintados sobre lona de caminhão – não estarão na Cripta, mas no átrio coberto do jardim.
A mostra tem abertura em 23 de Janeiro de 2018, das 18 às 21 horas.
E estará aberta a visitação a partir de quinta-feira, 25 de Janeiro, até 3 de Agosto – de terça-feira a domingo, das 9 às 16h30.
Ingressos: R$ 8,00. Maiores de 60 anos e aposentados pagam R$ 2,00. A entrada é gratuita para menores de 7 anos e para pessoas com deficiência.
A exposição Amar e Viver São Paulo tem apoio institucional de Pateo do Collegio, Associação Viva o Centro, CNTur-Confederação Nacional do Turismo, e Abresi-Associação Brasileira de Gastronomia, Hospedagem e Turismo.

Imagem:  Artista plástica Nilda Luz. Foto de José Reis

(JA, Jan18)