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terça-feira, 15 de outubro de 2019

Exposição de Leonardo da Vinci em São Paulo tem datas definidas






A exposição imersiva ‘Leonardo da Vinci – 500 anos’ em São Paulo será aberta ao público no próximo dia 02 de novembro. Bastante esperada a mostra teve sua realização anunciada para outubro, mas foi adiada por conta de obras no novo espaço do Museu da Imagem e do Som de São Paulo (MIS), o MIS Experience.


A exposição segue até 1º de março de 2020, de terça-feira a domingo, das 10h às 20h. A entrada é gratuita às terças-feiras. Aos sábados, domingos e feriados custará R$ 40 e de quarta a sexta custará R$ 30. Meia entrada para estudantes e acima de 60 anos.

O MIS Experience fica na Rua Vladimir Herzog, 75, no bairro da Água Branca.




O evento celebra o legado do cientista, matemático, engenheiro, inventor, anatomista, pintor, escultor, arquiteto, botânico, poeta e músico e é inspirado no Atelier des Lumière, em Paris.

Em São Paulo os visitantes terão ainda uma experiência multissensorial com animações gráficas em alta definição, combinadas a conteúdo multimídia e narrativa em áudio, o que permitirá uma vivência divertida, educativa e esclarecedora, voltada para pessoas de todas as idades e interesses. O público terá a oportunidade de tomar contato com a história das realizações do homem que lançou as bases para algumas das invenções mais notáveis da sociedade moderna, como o helicóptero, o automóvel, o submarino, o paraquedas e a bicicleta.

Criada em parceria com o Museo Leonardo da Vinci, em Roma, e contando com a colaboração de diversos especialistas e historiadores da Itália e da França, a exposição foi concebida pela Grand Exhibitions, empresa sediada em Melbourne, na Austrália, com escritórios no Reino Unido e nos EUA.

‘Leonardo da Vinci – 500 Anos de um Gênio’ também traz a área ‘Segredos de Mona Lisa’, uma análise profunda da pintura mais famosa do mundo, realizada no Museu do Louvre por Pascal Cotte, renomado engenheiro, pesquisador e fotógrafo de obras de arte.

MIS Experience terá uma área expositiva de 1,7 mil metros quadrados e outros 800 metros quadrados de área de projeção. O espaço resulta de uma parceria com a Rádio e TV Cultura, e amplia o trabalho realizado pelo Museu da Imagem e do Som de São Paulo, que agora conta com dois espaços para exposições. O MIS é uma instituição cultural do Governo do Estado de São Paulo, vinculada à Secretaria de Cultura e Economia Criativa e gerida pela organização social Paço das Artes.




Fonte: Mochileiros.com



(JA, Out19)




sexta-feira, 2 de novembro de 2018

Ziraldo é tema de três exposições



Exposição “Os Planetas do Ziraldo”, na Casa Melhoramentos

Se o clima não está para praia, se o trânsito impediu de pegar a estrada, se a possibilidade de uma cidade vazia pareceu a melhor proposta. Não importa. São Paulo tem uma série de passeios para pais e filhos fazerem juntos durante o feriado –incluindo duas exposições sobre a obra de Ziraldo, além de uma terceira que vai abrir as portas em breve.

Os Planetas do Ziraldo, Casa Melhoramentos


Entrada da Exposição 'Ziraldo de A a Z', Sesc Interlagos

As duas já inauguradas estão na nova Casa Melhoramentos e no Sesc Interlagos e abordam a carreira do cartunista, desenhista, jornalista e autor de livros para crianças. A terceira exposição ocorrerá no MIS (Museu da Imagem e do Som).

Sala temática Ziraldo, parte mostra 'Quadrinhos'

No dia 14 de novembro, a mostra ‘Quadrinhos’ será inaugurada com uma retrospectiva do universo da HQ no museu. Uma das salas será exclusiva para o trabalho de Ziraldo.


O pai do Menino Maluquinho foi internado no fim de setembro, após ter sofrido um AVC. Um mês depois, quando estava prestes a completar 86 anos, recebeu alta e agora se recupera em casa.
Abaixo, saiba mais sobre as programações.

Ziraldo Espacial 

Entre as mostras, uma das principais é ‘Planetas do Ziraldo’. A exposição fica em cartaz na nova Casa Melhoramentos, centro cultural inaugurado no mês passado pela editora que publica a obra do cartunista há quase 40 anos. Entre as curiosidades, está o bilhete do astronauta Neil Armstrong, primeiro homem a pisar na Lua. Nele, o americano afirma: ‘The moon is Flicts’ (a Lua é Flicts, em português, em referência ao clássico livro do autor).
A programação é assinada pela cineasta Daniela Thomas, filha de Ziraldo. Embora o passeio gire em torno da série ‘Os Meninos dos Planetas’, com histórias para cada planeta do Sistema Solar, há menções a outros livros e exibição de rascunhos guardados no acervo pessoal do artista.
‘Os Planetas do Ziraldo’
Onde Casa Melhoramentos (r. Tito, 479, Vila Romana; tel. 3874-0402)
Quando até 22/12; qua. a sáb., 9h às 21h (até 30/11); qui. a dom., 9h às 21h (1º a 22/12)
Quanto grátis

Ziraldo de A a Z, 500 obras sendo 200 acervo pessoal do cartunista

Daniela Thomas, filha do cartunista, também está à frente de outra exposição: ‘Ziraldo… De A a Zi’, que apresenta cerca de 500 obras no Sesc Interlagos. Entre elas, 200 criações originais do acervo do cartunista e outras peças de colecionadores.
Além dos livros infantis, a mostra explora as diferentes atividades de Ziraldo, como a vida de jornalista e o papel atuante no Pasquim. Um dos principais destaques são os desenhos feitos na prisão durante a Ditadura.
Ziraldo… De A a Zi’
Onde Sesc Interlagos (av. Manuel Alves Soares, 1.100; tel. 5662-9500)
Quando até 4/8/2019; qua. a dom., 10h às 17h
Quanto grátis


Mundo da HQ 
Sala temática Ziraldo, parte mostra 'Quadrinhos'

Uma retrospectiva do mundo dos quadrinhos vai ser inaugurada no MIS (Museu da Imagem e do Som) no próximo dia 14 de novembro. Com revistas, itens raros e originais, a exposição ‘Quadrinhos’ vai passar por super-heróis, histórias de faroeste, mangás e diferentes perfis do gênero.
Nela, uma das salas será exclusiva para os livros e personagens de Ziraldo. Simulando o seu estúdio, apresentará a obra do autor e falará sobre o processo de criação de suas tirinhas, com objetos originais e painéis explicativos.
Quadrinhos’
Onde MIS (av. Europa, 158, Jardim Europa; tel. 2117-4777)
Quando 14/11 a 31/3/2019;  ter. a sáb., 10h às 20h ( permanência até 22h); dom., 9h às 18h ( permanência até 20h)
Quanto R$ 15 a R$ 30


Fonte: Bruno Molinero   |   FSP


(JA, Nov18)

sábado, 10 de março de 2018

Erwin Olaf é tema de mostra MIS-SP


Fotógrafo holandês mistura frustração, tristeza e tédio com estética de publicidade
Detalhe da fotografia do holandês Erwin Olaf da série ‘Keyhole’, de 2012




Se pudesse escolher, o fotógrafo holandês Erwin Olaf teria o torso hiperdefinido, a boca fina e o rosto sem rugas.

Ele, porém, sabe que não há muito o que fazer. Como sofre de enfisema pulmonar desde 1996, o artista imagina que viverá permanentemente com um cateter de oxigênio. A barba, sem fazer, combinaria com os cabelos brancos e desgrenhados.

Olaf tem 58 anos. Ainda que esteja mais próximo do pessimismo que pintou para si, ele não aparenta a idade que tem. Entre a ambição e o temor, o certo é que ‘I Wish, I Am, I Will Be’ (eu desejo, eu sou, eu serei), série de autorretratos que integra a primeira mostra do holandês no país, expressa o tema central na obra do fotógrafo: a fantasia.

Desde o último sábado (10), o Museu da Imagem e do Som de São Paulo repassa os últimos 15 anos da carreira de Olaf, que despontou na década de 1980 com retratos em preto e branco de anões, grávidas e obesos, quase totalmente nus e em poses eróticas que insinuam dominação.

Desde então, o holandês ganhou projeção tanto com trabalhos autorais sobre frustração, melancolia e tédio quanto com peças publicitárias e ensaios de moda, sem definir limites rígidos entre as áreas.

A estética das séries ‘Rain’ (chuva) e ‘Keyhole’ (buraco da fechadura), por exemplo, remete a catálogos de alta costura e de design de luxo. Aqui, porém, o pós-tratamento aplicado às imagens oferece ares de ficção aos ensaios.

Por vezes, como na obra ‘Le Denier Cri’ (o último grito), esses efeitos computadorizados são propositadamente exagerados, com texturas artificiais e rostos distorcidos a partir da introdução de objetos sob a pele. Olaf satiriza os excessos de cirurgias plásticas e da obsessão pelo corpo perfeito.

Mas, na maioria das séries do artista, o pós-tratamento, ainda que evidente, aparece de maneira mais sutil. Reforça somente a ideia de que tudo se torna performance na presença de uma câmera.

‘Quando tenho uma ideia’, conta Olaf à Folha, por telefone, ‘chamo meus assistentes para discutir a imagem’.

‘Figurinista, produtor de objetos, maquiador, todos participam dessa etapa. E então faço croquis básicos do que vou fotografar’. Uma equipe de até dez pessoas, explica o artista, trabalha para realizar uma só fotografia.

Em uma escala de megalomania, o holandês fica atrás do fotógrafo americano Gregory Crewdson, cuja produções se assemelham à do cinema. Ele não deixa, contudo, de impressionar pelas cenas meticulosamente ensaiadas.

A mostra no MIS exibirá apenas uma imagem da série ‘Grief’ (luto), uma das mais conhecidas do fotógrafo, na qual imagina reações de americanos ao assassinato do ex-presidente J. F. Kennedy, em 1963. O vestuário parece feito para o elenco de ‘Mad Men’, e a paleta de cores faz referência aos anos 1950 e 60.

Ninguém sorri nas imagens, e cada movimento dos personagens é calculado, criando uma tensão incessante.

A angústia dos trabalhos de Olaf não aparece no jeito de falar do fotógrafo, leve e gentil —o que não representa um contrassenso, segundo ele. ‘Posso tomar café da manhã feliz e dormir triste, isso é a vida’, afirma. ‘Só quero celebrar a liberdade do corpo, da sexualidade, do indivíduo’.

Para Talita Virgínia, que assina a curadoria da mostra com Cristiane de Almeida, as discussões sobre individualidade podem ser vistas no vídeo ‘Separation’ (separação), de 2003, no qual pessoas completamente cobertas por roupas de vinil aparecem em ações cotidianas.

‘Não é possível distinguir quem é homem, mulher ou criança. Elas se unem pela prática de ações repetitivas, o que faz com que elas nem se deem conta de quem são’, diz.

Ao todo, a exposição reúne 22 fotografias e dez vídeos, entre eles ‘Shangai’, obra inédita que emula outdoors de metrópoles. O trabalho exibe vídeos verticalizados, nos quais mulheres se dirigem ao espectador e fazem pedidos.
Detalhe de dois dos autorretratos de ‘I Wish, I Am, I Will Be’, de 2009 - Erwin Olaf




Olaf utiliza a linguagem publicitária, tão presente em sua obra, para mostrar os desejos dos jovens na cidade chinesa, "efervescente e ao mesmo tempo com resquícios de uma sociedade ditatorial", explica Talita.

Havia a possibilidade de que o fotógrafo viesse ao Brasil para acompanhar a abertura da mostra. A ideia foi abortada devido ao enfisema.

Questionado sobre o quanto a melancolia de suas imagens representa quem ele é, Olaf diz que ‘em 24 horas pode sair da tristeza profunda e entrar na mais alta felicidade’. ‘Hoje, no entanto, estou numa praia em Bali, fugindo do frio europeu, então vou celebrar a vida’.



ERWIN OLAF: TENSÃO

QUANDO de hoje (10), às 12h, até 8/4; de ter. a sáb., das 12h às 20h, dom. e feriados, das 11h às 19h;

ONDE MIS, av. Europa, 158, tel. (11) 2117-4777

QUANTO R$ 10 (inteira)

CLASSIFICAÇÃO 14 anos



Texto:   Daigo Oliva   |   FSP



(JA, Mar18)