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quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

31ª Feira Nacional de Artesanato 2020

 


O Brasil não conhece o Brasil! Esta é uma grande verdade. Não por falta de interesse do brasileiro, mas pela grandiosidade de nosso país.

E a Feira Nacional de Artesanato (Expominas - Avenida Amazonas, 6200 - Bairro Gameleira, Belo Horizonte – MG), vem justamente fazer uma tentativa de mudar isso durante seis dias - levar um pouco de conhecimento aos mais de 140.000 visitantes do que existe de melhor e mais interessante em nosso país. Serão sabores, produtos e informações sobre a potencialidade de nosso território.

Nos seus 31 anos de existência, a Feira Nacional sempre fez questão de ser sempre uma grande escola e um local onde os visitantes possam conhecer a diversidade cultural e gastronômica e nosso país.

Haverá, também, stands de parceiros com programação especial, como a Ilha do Conhecimento, organizada pelo Ministério da Economia, por meio do Programa de Artesanato Brasileiro (PAB). Ela vai oferecer cursos e palestras de capacitação para artesãos e visitantes.

Em outro espaço, uma área de 1104 metros, com artesanato de todo o Brasil, assinado pelo Sebrae Nacional e pelo Centro De Referência Do Artesanato Brasileiro (CRAB). Já o Brasil de Norte a Sul é um espaço do Ministério do Turismo, mostrando as belezas naturais e pontos turísticos nacionais. A Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (SECULT) também vai apresentar 18 circuitos turísticos de Minas Gerais. E o Espaço Índios, terá a presença de mais de 10 etnias de todo o país.

Protocolo sanitário 

Em razão da pandemia, a edição deste ano vai obedecer a um rigoroso protocolo sanitário, com medidas para prevenção da COVID-19, definido em parceria com a prefeitura de Belo Horizonte. O objetivo é garantir a segurança de todos os visitantes e artesãos presentes

Totens com álcool em gel 70% serão disponibilizados por todo o pavilhão do Expominas. Haverá uma higienização prévia de todo o material de montagem e mercadorias do evento, aferição de temperatura dos visitantes e dos expositores, uso de QR Codes para evitar troca de cartões de visitas.

A degustação nos stands de gastronomia será proibida, a não ser daqueles alimentos embalados individualmente. A capacidade de visitantes será reduzida, com controle do total máximo de público simultâneo no local, além da exigência do uso correto das máscaras. Para garantir o distanciamento social, a feira terá ainda uma nova configuração, com maior espaçamento entre os stands e mais ruas de circulação dentro dos pavilhões.

Novidade

Feira Nacional de Artesanato Virtual - Feira 365 Dias

A grande novidade este ano será que o evento não encerra dia 6 de dezembro, ele será gravado 360 graus, todos os stands, de forma que o internauta poderá fazer uma visita virtual no evento real, passear pelos stands, fazer contato com o artesão de acordo com as informações que este disponibilizar, comprar dele direto.

Isto de dezembro de 2020 até novembro de 2021!

Esta forma de apresentação será diferente do que tem sido feito, como um evento hibrido, com cenários virtuais, onde se coloca os produtos. Na Feira Virtual não, será uma gravação real, onde no estilo visita a museus e Google Street Views, o visitante terá a sensação de estar realmente visitando o evento.

Esta plataforma, além de disponibilizar o artesão e seus produtos por 12 meses, servirá também para prospecção no mercado internacional.

 



(JA, Dez20)

quarta-feira, 28 de outubro de 2020

Vânia Oliveira, a artesã alagoana ganhou título ‘mestre imortal'


A artesã alagoana Vânia de Oliveira Santos,  tornou-se Mestre Imortal do Brasil


Aos 63 anos e 38 de ofício, a artesã alagoana Vânia de Oliveira Santos tornou-se Mestre Imortal do Brasil, título conferido em setembro pela seção brasileira da IOV World (Organização Internacional de Folclore e Artes Populares), filiada à Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura).

O trabalho de Vânia Oliveira tem como principal motivo os folguedos de Alagoas, na busca de manutenção da história e das danças folclóricas. O colorido chapéu de guerreiro é a sua marca. A peça, rica em referências locais, já lhe deu o título de patrimônio vivo de Alagoas em 2015 e, em 2020, o de mestra artesã.

A mãe e a avó eram bordadeiras e costureiras, mas ela achava que não tinha jeito para trabalhos manuais. ‘Eu gostava mesmo era de jogar bola. Fui da primeira seleção alagoana de basquete’.

Vânia abandonou o esporte e casou-se aos 17 anos. Reconheceu a vocação pela arte ao fazer lembranças de aniversário da filha mais velha, e os jogos e brinquedos pedagógicos para a escola que a irmã dirigia.

Escolheu o tema folguedos, que são festas populares que fazem parte do folclore no Nordeste, envolvendo música, dança e teatro. ‘Sempre gostei dos folguedos. Eu brinquei pastoril e guerreiro, mas meu pai não gostava, então eu brincava na escola, onde ele não via’.

 

      Bumba meu boi, um dos símbolos do folclore no Norte e Nordeste do país presentes na obra da artista


Manter viva a cultura passou a ser prioridade. Produzir as peças, no entanto, era pouco. Ela passou a ensinar o ofício. ‘Sinto que através do repasse eu não deixo a cultura morrer, e sei que meus alunos serão mestre. Já tenho aluno mestre’. Para aperfeiçoar a didática, decidiu fazer curso superior à distância, e formou-se em pedagogia aos 52 anos.

Decidiu trabalhar pela valorização do artesão, chegou à presidência da Falarte (Federação dos Artesãos de Alagoas), participou da construção do Plano Nacional do Artesanato, do extinto Ministério da Cultura, em 2010, e contribui , junto a pesquisadoras da UnB (Universidade de Brasília), no Estudo do ecossistema de inovação do artesanato.

 

Mestre Vânia trabalha com o tema dos folguedos


Mestre Vânia afirma que a sua principal preocupação hoje é com a sobrevivência do artesão, agravada pela pandemia. ‘Fomos os primeiros a parar, e seremos os últimos a voltar. Durante o ano são realizadas quatro feiras nacionais, e até o momento não houve nenhuma. Se houver uma no final do ano, como o artesão vai participar? Que incentivo recebemos?’.

Mas ainda há espaço para mais planos. ‘Meu sonho é ver o reconhecimento do artesão. O artesanato é valorizado, mas o artesão precisa de reconhecimento. O artesanato faz parte da cadeia produtiva do turismo. Por isso tem que se ter um olhar para esse profissional’.

O título de mestre imortal é concedido a artesãos reconhecidos e outorgados com títulos de Mestres da Cultura Popular em suas localidades. ‘Serve de incentivo a milhares de mestres deste Brasil que estão por aí se empenhando para não deixarem desaparecer a cultura de seus antepassados’, afirma o presidente da organização no Brasil, Clerton Vieira.

 


 

Fonte: Kátia Vasco   |  FSP

 

(JA, Out20)