quarta-feira, 3 de abril de 2019

Exposição ‘Oscar Niemeyer (1907-2012) – Territórios da Criação’ - Instituto Tomie Ohtake







Ícone da paisagem de cidades como Brasília, Niterói e Curitiba, a arquitetura de Oscar Niemeyer (1907-2012) é apenas uma parte de sua produção artística. É isso o que mostra a exposição ‘Territórios da Criação’, que abriu na última terça-feira (2), no Instituto Tomie Ohtake.

Depois de passar pelo Rio de Janeiro, em 2017 e Brasília, a exposição ‘Oscar Niemeyer (1907-2012) – Territórios da Criação’, organizada por ocasião dos 110 anos de nascimento do arquiteto, chega ao Instituto Tomie Ohtake com a adição de algumas obras.

A curadoria de Marcus Lontra e Max Perlingeiro, além de reunir um conjunto inédito de desenhos, pinturas, esculturas e peças de mobiliário feitos pelo consagrado arquiteto, traz também obras de artistas que trabalharam com ele em seus emblemáticos projetos, como Alfredo Ceschiatti (1918-1989), Alfredo Volpi (1896-1988), Athos Bulcão (1918-2008), Bruno Giorgi (1905-1993), Candido Portinari (1903-1962), Franz Weissmann (1911-2005), Joaquim Tenreiro (1906-1992), Maria Martins (1894-1973), Roberto Burle Marx (1909-1994) e Tomie Ohtake (1913-2015).

Oscar Niemeyer nasceu no Rio de Janeiro em 15 de dezembro de 1907, e morreu na mesma cidade em 5 de dezembro de 2012. ‘Ao longo de sua vida, Niemeyer produziu intensamente e afirmou-se não apenas como arquiteto, como a primeira referência estética brasileira reconhecida em todo mundo, mas também como artista e intelectual respeitado, atuando em várias frentes do conhecimento humano’, afirma Marcus Lontra.


‘Ruínas de Brasília’, 1964


‘Ruínas de Brasília’, 1964, duas raras pinturas de Niemeyer – uma delas nunca exposta – se juntam a 25 desenhos inéditos, que retratam com seu inconfundível traço a Igreja de São Francisco de Assis, na Pampulha, em Belo Horizonte, a Oca e o Parque Ibirapuera, em São Paulo, o Palácio do Planalto, a Catedral de Brasília, o Palácio da Alvorada, o Caminho Niemeyer, em Niterói, e a Bolsa de trabalho, em Bobigny, França, entre outros


Oscar Niemeyer, por Marcio Scavone

A exposição também dedica um espaço a retratos de Oscar Niemeyer assinadas por grandes fotógrafos: Antonio Guerreiro, Bob Wolfenson, Edu Simões, Evandro Teixeira, Juan Esteves, Luiz Garrido, Marcio Scavone, Nana Moraes, Nani Góis, Orlando Brito, Ricardo Fasanello, Rogerio Reis, Vilma Slomp, Walter Carvalho e Walter Firmo.



Sem título, caneta hidrográfica sobre papel


Para mostra em São Paulo, foi incluída a maquete original do trabalho de Tomie Ohtake realizado para o Auditório do Ibirapuera, uma monumental pincelada vermelha do chão ao teto do grande hall.


Bruno Giorgi - ‘Os Candangos’, década de 1960, bronze patinado
Franz Weissmann - Sem título, aço pintado
Candido Portinari -‘Cabeça de São Francisco’, Prova de parte do painel de azulejos, Igreja de São Francisco de Assis, Pampulha, 1944


Há ainda desenhos, pinturas, esculturas e azulejos criados por grandes artistas para projetos arquitetônicos de Niemeyer, e que se tornaram igualmente símbolos desses espaços, como um estudo feito por Volpi em têmpera sobre cartão para a Capela Dom Bosco, em Brasília; um estudo em aquarela e duas provas de azulejos feitos por Portinari para a Igreja de São Francisco de Assis, na Pampulha; duas esculturas em pequeno formato como estudo para os ‘Candangos’ e outra para ‘Meteoro’, de Bruno Giorgi, que estão em Brasília em escala monumental.

A exposição reunirá ainda uma série de documentos e publicações, mostrando o Niemeyer designer gráfico. Niemeyer criou a revista ‘Módulo’, na década de 1950, dedicada à arte e à arquitetura, publicada até 1964, e retomada por ele em 1975, quando retornou ao Brasil. Além disso, será exibido continuamente o vídeo ‘Oscar Niemeyer: a vida é um sopro’, 2006.




                  



Exposição:  ‘Oscar Niemeyer (1907-2012) – Territórios da Criação’
Local: Instituto Tomie Ohtake, Av. Faria Lima 201 - Complexo Aché Cultural
Abertura: de 02 de abril, até 19 de maio de 2019
De terça a domingo, das 11h às 20h
Entrada franca



Fonte: ArchDaily Brasil, Revista Museu



(JA, Abr19)


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