Instituição canadense oferece a médicos 50 ingressos por ano,
que poderão ser repassados a pacientes
Homem visita museu de artes plásticas no Canadá, 2009
Em julho de 2017, uma comissão do Parlamento britânico lançou um relatório no qual sistematizou o resultado de pesquisas e experiências práticas no país e defendeu o uso da arte como parte da estratégia no campo da saúde pública. Em um trecho, o relatório afirma que:
‘Os maiores
desafios para os sistemas de saúde e seguridade social vêm de uma população
envelhecendo, e a prevalência de doenças para as quais não há curas óbvias
(...). Nós defendemos uma disposição informada e de mente aberta para aceitar
que as artes podem representar uma contribuição significativa, para lidar com
uma série de desafios que nossos sistemas sociais e de saúde enfrentam.’ (Relatório
‘Arte criativa: as artes para saúde e bem-estar’, do Grupo Suprapartidário para
Artes, Saúde e Bem-estar)
Esse ponto
de vista não é defendido apenas no Reino Unido. A partir do dia 1º de novembro
de 2018, o Museu de Artes Plásticas de Montreal, no Canadá, pretende
implementar uma medida que emprega a fruição de arte como parte do tratamento
de saúde, em um plano-piloto com duração de um ano.
O museu
distribuirá ingressos a membros interessados da Médecins Francophones du Canadá, uma associação médica que tem como objetivo difundir
práticas de medicina humanizada no país. Cada um poderá retirar até 50
ingressos por ano, e distribuí-los para seus pacientes.
Em nota, a
diretora do museu Nathalie Bondil afirmou que as visitas devem ser oferecidas a
pacientes com problemas de saúde física ou mental, que podem se beneficiar de ‘um
lugar acolhedor, relaxante, revitalizante, e uma oportunidade para fortalecer
seus laços com as pessoas que amam’. Aos céticos, afirmou que:
‘Estou
convencida que, no século 21, a cultura será aquilo que a atividade física foi
para a saúde no século 20. Experiências culturais irão beneficiar a saúde e o
bem estar, assim como esportes contribuem para a boa forma. Céticos devem se
lembrar que, há apenas cem anos, acreditava-se que esportes distorciam o corpo
e ameaçavam a fertilidade de mulheres’.
Fonte: André Cabette Fábio |
=Nexo
(JA, Out18)
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