Em 1757 foi fundado
em Congonhas do Campo-MG, o Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, por
Feliciano Mendes de Guimarães, nascido em Portugal, de início modesta cruz e
oratório.
Contribuíram com grandes
quantias Francisco de Lima, Manuel Rodrigues Coelho e Bernardo Pires da Silva, viabilizando
que se começasse a nave central da igreja.
De 1769 a 1772 trabalhou
ali o mestre João de Carvalhais, recebendo 32 oitavas ‘à conta da pintura do altar de Santo
Antônio’.
Data de 1781 a última
menção a Carvalhais: recebeu oito oitavas ‘de feitio de duas imagens de Cristo
dos colaterais’ para a igreja.
Em 1787 foi
colocada diante do altar-mor a imagem do Cristo morto; custódia e vasos sacros
de prata foram encomendados ao ourives Felizardo Mendes.
Em 1812 o barão
Wilhelm Ludwig von Eschwege instalou no arraial, com a intenção pioneira no
país de produzir ferro, sua Fábrica Patriotica, com Friedrich Ludwig Wilhelm
Varnhagen e o intendente Câmara, sendo tal local situado às margens da atual
rodovia BR 040, nas proximidades da Mina da Fábrica (nome dado em alusão a ‘Fábrica Patriótica’), hoje pertencente à Vale.
Considerando a determinação
do intendente Câmara em produzir ferro no Brasil em escala industrial, e o
andamento dos projetos já existentes, von Eschewege se propôs a construir em
Congonhas uma fundição, a custo muito mais baixo.
Em 1819
requisitaram-se os serviços do pintor Manuel da Costa Ataíde para restaurar
pintura da capela-mor
Em 17 de dezembro
de 1938, o então distrito de Congonhas do Campo foi elevado à categoria de
município, sendo desmembrado dos municípios de Conselheiro Lafaiete e Ouro
Preto. Em 27 de dezembro de 1948, o município de Congonhas do Campo passou a
denominar-se apenas como Congonhas, pela Lei Estadual n.º 336
Atualmente, a cidade de
Congonhas faz parte do circuito velho da Estrada Real, e acaba entrando no
roteiro de muita gente por conta de sua atração mais famosa: ‘a Igreja Santuário de Bom Jesus de
Matosinhos’, centro de peregrinação religiosa que também abriga o maior tesouro
de arte barroca do Brasil: os 12 profetas de Aleijadinho (Antonio Francisco Lisboa ).
O município possui como maior
fonte de renda a extração mineral e a indústria metalúrgica, com destaque para
a mina de Casa de Pedra (Companhia Siderúrgica Nacional- CSN), a Mina da
Fábrica (antiga Ferteco Mineração S/A,
hoje incorporada à Vale), a Mina Viga (que atualmente pertence à Ferrous), e a Gerdau Açominas.
Basílica do Senhor Bom Jesus de
Matosinhos
A cidade de Congonhas do
Campo é bem pequena, e o caminho até a Basílica é bem fácil. Basta seguir as placas que levam até o alto
do Morro do Maranhão.
A subida é impiedosa - o
melhor é fazer o trajeto de carro.
Para quem chega na cidade de ônibus, vale procurar um táxi para evitar a
subida íngreme. A maioria dos outros pontos turísticos pode ser visitado a pé,
a partir do Santuário. Mas vá com roupas leves e sapato confortável para
percorrer as ladeiras com piso de ladrilho.
Essa igreja é a principal
atração da cidade mineira de Congonhas. Você
pode estar curioso sobre como essa pequena igreja do interior, se tornou um dos
maiores centros de peregrinação do Brasil.
Bem, essa história começa lá
em Portugal. Conta a lenda que um
crucifixo talhado da própria cruz de Cristo foi encontrado na praia de
Matosinhos, em Portugal, no ano de 124 d.C.
Uma igreja foi construída na
cidade portuguesa para abrigar essa imagem e a devoção cresceu em toda a região
norte de Portugal. Com a colonização, o
culto veio para o Brasil. Muitas cidades brasileiras escolheram o Senhor Bom
Jesus de Matosinhos como padroeiro. Mas
entre todas, Congonhas do Campo se tornou a mais famosa, abrigando um
importante centro de peregrinação no interior de Minas Gerais.
A história da Igreja do
Senhor Bom Jesus de Matosinhos na pequena Congonhas começou em 1757. O
português Feliciano Mendes decidiu colocar uma cruz no alto do Morro do
Maranhão. Era um agradecimento ao Bom
Jesus de Matosinhos de quem era devoto.
O tempo foi passando e a fé
no Senhor Bom Jesus de Matosinhos foi se propagando na região. Foi autorizada a construção de uma igreja no
alto do morro. Nomes como Mestre Ataíde e Aleijadinho tiveram papel essencial
na execução da obra que se tornou um dos mais importantes templos da arte
barroca brasileira.
Uma imagem do Senhor Bom
Jesus de Matosinhos foi encomendada diretamente em Portugal, o que deu ainda
mais prestígio ao santuário no interior de Minas Gerais.
Hoje o complexo que reúne a Basílica e seus
arredores é o maior orgulho de Congonhas. A cidade detém a maior coleção de
arte barroca do Brasil. Um convite aberto a todos que apreciam arte brasileira,
ou uma boa história sobre a fé de um povo.
Em Congonhas, Aleijadinho
conseguiu a expressão máxima da sua arte. Como disse Carlos Drummond de
Andrade: ‘Esse mulato de gênio lavrou na pedra-sabão todos os nossos
pecados’.
Pontos turísticos
Congonhas, além da
Basílica, tem outras atrações que
merecem entrar no roteiro, além da deliciosa gastronomia mineira.
Logo na entrada de Congonhas,
existe um centro de informações turísticas. Lá é entregue um folheto explicando
a história da cidade, e é possível conferir num mapa na parede, os principais
pontos turísticos de Congonhas
1 – Santuário do Senhor Bom Jesus de
Matosinhos
A chegada ao Santuário do
Senhor Bom Jesus de Matosinhos é discreta. A pequena área de estacionamento
fica na parte de trás da igreja. Por ali, se misturam os carros de turistas e
os cavalos dos romeiros.
O estacionamento dá acesso ao
adro, uma espécie de pátio que circunda toda a igreja. É na parte da frente
desse adro que estão os famosos 12 profetas de Aleijadinho.
Sala dos Milagres ou Sala dos
Ex-votos, fica do lado direito do adro. Trata-se de um espaço de devoção, onde
os fiéis que receberam graças vêm prestar sua homenagem.
Repleta de quadros,
esculturas ou outros objetos, pedaços da história de tanta gente.
Agradecimentos por graças, orações por almas.
Impressionante e até um pouco assustador. Além dos quadros, a sala está
repleta de depoimentos de milagres, histórias (bonitas e tristes) e pedidos de
oração. Pertences ali depositados há mais de um século, testemunhando a fé de
um povo.
Quando sair da sala dos
milagres, entre na Basílica do Senhor Bom Jesus de Matosinhos em Congonhas,
pela porta lateral. Já fazem alguns anos
que a Igreja do Senhor Bom Jesus de Matosinhos vem passando por um longo
processo de restauração, por isso a porta principal está fechada há muito
tempo.
A reforma também atrapalhava
um pouco a visão perfeita do lado de dentro da igreja. O altar-mor, com seu majestoso arco
monumental; no teto, as pinceladas de
João Nepomuceno Correia e Castro deram vida a uma linda obra que retrata a
glorificação de Jesus no céu ao lado de Deus Pai. Retoques no forro da nave da Igreja foram
obra do mestre Ataíde, outro grande nome do barroco-rococó brasileiro. Duas imagens do Bom Jesus de Matosinhos
chamam atenção no altar: uma no alto da cruz, outra num caixão de vidro no
chão.
A imagem de Bom Jesus de Matosinhos tem
características únicas, que a diferenciam de qualquer outra imagem da fé
católica. Os pés estão crucificados
separados, a veste que cobre o quadril e as pernas tem um lado mais comprido
que o outro. E o principal: os olhos, que apontam um para o céu e outro para a
terra, ligando os homens a Deus.
Numa
das restaurações em Congonhas, uma das imagens do Bom Jesus perdeu essa
característica marcante dos olhos que apontam para diferentes direções. Um
detalhe que, curiosamente, deixa essa imagem e essa igreja no interior de Minas
Gerais ainda mais marcante e especial.
Não é permitido tirar fotos
no interior da Basílica. Mas é impossível esquecer a beleza nos detalhes do
interior dessa igreja, local de uma das mais importantes peregrinações de fé no
Brasil.
2 – Os 12 profetas de Aleijadinho
É difícil descrever o encanto
de ver aquele bonito frontão, também trabalhado em pedra-sabão, que já vinha
inaugurar o estilo rococó que seguiria em voga pelos anos seguintes no
Brasil. E lá estão eles, ao longo do parapeito
e escadarias: os 12 profetas de Aleijadinho, verdadeiras obras de arte em
pedra-sabão.
As 12 estátuas
estão dispostas de forma que os profetas parecem estar envolvidos numa animada
conversa nas escadarias. O diálogo parece ter ficado acalorado, convidando a
todos a subir o Morro do Maranhão e visitar o Santuário do Bom Jesus de
Matosinhos.
As estátuas dos doze profetas
de Aleijadinho são nada menos que as obras-primas do maior artista do barroco
brasileiro. Expressões, detalhes da arte esculpida na pedra, tudo
impressiona.
Os 12 profetas de
Congonhas foram esculpidos quando Aleijadinho já estava muito doente,
debilitado por uma doença que deformou suas mãos. Mesmo com a deficiência física, o gênio não
foi interrompido. Aleijadinho seguiu esculpindo com habilidade e uma dose de criatividade
também.
O mestre tirou vida da pedra,
mas teve o cuidado de esculpir estátuas que, fisicamente, não se parecem com
nenhum retrato dos santos católicos da igreja de influência europeia. Os 12 profetas são inteiramente originais. Em nenhuma outra
parte do mundo você encontrará imagens similares representando as figuras
conhecidas de Isaías, Jeremias, Baruque, Ezequiel, Daniel, Oséias, Joel,
Abdias, Amós, Jonas, Habacuque e Naum.
Por conta dessa diferença
para as imagens ‘tradicionais’, por muitos anos os profetas de Aleijadinho em
Congonhas foram considerados horrendos, de mau gosto. Uma verdadeira ofensa à
arte da escultura religiosa clássica.
Mas veio o modernismo, veio a mente mais aberta dos artistas da Semana
de Arte Moderna de 1922. E, a partir dali, o gênio de Antônio Francisco
Lisboa, o Aleijadinho, ganhou o merecido reconhecimento, não só no Brasil, mas
no mundo todo.
Passeie entre as estátuas.
Procure as expressões marcantes de Daniel, a maior de todas as estátuas. Ele
guarda a entrada do adro do lado esquerdo de quem olha para a igreja. Com seu olhar distante, parece consciente de
sua força, enquanto ostenta uma coroa de louros pelas suas glórias.
Agora, olhe seu vizinho, Jonas, que descansa nos muros que formam o parapeito de entrada do adro à esquerda. A cabeça voltada para os céus e na parte posterior uma marcante silhueta de baleia, com referência direta a sua história na Bíblia. Essas duas estátuas são as mais imperdíveis do conjunto: Daniel foi executado pelo gênio de Aleijadinho sem qualquer ajuda.
Agora, olhe seu vizinho, Jonas, que descansa nos muros que formam o parapeito de entrada do adro à esquerda. A cabeça voltada para os céus e na parte posterior uma marcante silhueta de baleia, com referência direta a sua história na Bíblia. Essas duas estátuas são as mais imperdíveis do conjunto: Daniel foi executado pelo gênio de Aleijadinho sem qualquer ajuda.
Há vertentes que defendem que
o mesmo aconteceu com Jonas. O fato é que essas são as únicas estátuas
monolíticas, esculpidas somente com uma pedra, do começo ao fim.
As outras 10 estátuas certamente foram esculpidas em trabalho
conjunto com ajudantes do seu ateliê. Mas, em todas elas, Aleijadinho colocou
sua marca, seu gênio, sua assinatura: expressões fortes, referências à
trajetória de cada profeta.
Até a precisa localização de
cada estátua foi pensada de modo a organizar profetas maiores e menores. Os
gestos e posições de cada obra foram meticulosamente planejados, dando vida a
um diálogo de estátuas que parecem conversar entre si. Uma obra-prima em doze atos. É ali, da borda
do adro da igreja, lado a lado com as estátuas de Aleijadinho, que você vai
conferir uma das vistas mais privilegiadas de Congonhas!
3 – Capelas dos Passos da Paixão
Vista do santuário a partir
do jardim dos Passos da Paixão
Descendo as escadarias da
igreja, passando pelo jardim de palmeiras imperiais, no final do terreno está o
antigo portão de entrada do santuário.
Olhe para cima do Morro do Maranhão, e tenha a primeira visão da obra
completa - a igreja com seus 12 profetas no adro.
No caminho até a igreja está o
Jardim dos Passos, estão as 6 capelas
dos Passos da Paixão, espalhadas pelo jardim de palmeiras.
As capelas dos passos são
pontos de parada para as procissões católicas de sexta-feira santa.
Em Congonhas, como o complexo
do Santuário está localizado em um monte, as capelas reproduzem a ideia de
subida penitencial, até o monte sagrado.
As pequenas capelas dos
passos de Congonhas guardam um grande tesouro. Elas foram construídas bem
depois da igreja. Abrigam 64 esculturas em
cedro que representam a Via Sacra, esculpidas pelo próprio Aleijadinho e seus
ajudantes no ateliê, e pintadas pelo Mestre Ataíde e outros artistas.
A primeira capela, no pé do
morro, foi a primeira a ser construída, e a única planejada por
Aleijadinho. Ela retrata a Santa Ceia,
com 12 apóstolos ao redor da mesa, Cristo ao centro, e dois criados nas
laterais. É um dos cenários mais bonitos, pelas expressões dos personagens.
Indo para as outras capelas,
necessário subir pelos degraus antigos de pedra gasta pelos passos dos que
vieram antes de você. Primeiro, a capela do Horto, onde Jesus sofre sua agonia
no Horto das Oliveiras. Depois, a
capela da Prisão, com a cena do milagre de Jesus depois que Pedro feriu a
orelha do soldado romano. A quarta capela divide duas cenas: a flagelação de
Jesus e a sua coroação de espinhos. Em
seguida temos a capela do carregamento da cruz, e por último, a capela da crucificação.
Percorrer o caminho das
Capelas dos Passos da Paixão é emocionante, além de muito bonito. Um dos pontos
turísticos de Congonhas que não podem ficar fora de um roteiro de arte e
fé. Pela sua importância histórica,
cultural e arquitetônica, o complexo das Capelas dos Passos da Paixão, no
Jardim dos Passos, e do Santuário Bom Jesus de Matosinhos na cidade de
Congonhas foi tombado pela UNESCO em 1985, passando a ser considerado Patrimônio Cultural da
Humanidade.
4 –
Romaria
A Alameda Cidade Matozinhos
de Portugal (antiga Alameda das Palmeiras, principal avenida da cidade de
Congonhas), leva ao prédio da Romaria.
Historicamente, esse lugar era usado desde 1770 para
abrigar os romeiros pobres, que vinham para Congonhas para celebrar o Jubileu
do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, celebrado entre 7-14 de
setembro.
Na década de 1930, o terreno
foi utilizado para construir o prédio da Romaria. Trata-se de um imenso pátio
circular em formato de arena, cercado por casas baixas que funcionavam como uma
pousada. As famílias de romeiros se
abrigavam ali durante as festividades do Jubileu, pagando um valor simbólico
para a época, 5 mil réis.
A estrutura foi desativada pela
administração do Santuário, durante a década de 1960. O terreno da Romaria acabou
sendo vendido para um grupo de empresários do Rio de Janeiro, que queria
aproveitar o espaço para construir um hotel.
A obra nunca foi realizada, mas, infelizmente, o prédio original foi
demolido em 1968. Do original, só restaram as duas torres da entrada
da Romaria de Congonhas, ligadas por um arco.
A construção que vemos hoje é
resultado de um projeto de revitalização da memória da cidade de Congonhas que,
durante a década de 1990, tentou reproduzir a estrutura original da Romaria no
mesmo lugar onde ela existia antes.
A arquitetura é inspirada nas
Capelas dos Passos da Paixão, e hoje, no local, funcionam órgãos da
administração pública e instituições associadas ao turismo e à cultura, visando
manter a preservação da história de Congonhas.
Em uma das torres, funciona a Diretoria de Turismo, com um centro de
informações turísticas.
5 – Museu de Congonhas
No caminho entre o Jardim dos
Passos e a Romaria, você vai passar por outro grande ponto turístico de
Congonhas: o Museu de Congonhas. A
arquitetura moderna faz contraste com os prédios históricos e não deixa o Museu
de Congonhas passar despercebido dos viajantes.
A entrada é paga (R$10,00,
atualizado em agosto 2019). A visita começa relatando a história de Congonhas
como destino de peregrinação. Também há
espaço para a história da construção da igreja de Congonhas, e muitas
informações sobre as obras de Aleijadinho e o processo de conservação das
estátuas ao ar livre.
6 – Lojas de artesanato em Congonhas
Com um sapato apropriado para
andar no chão de pedra, você pode encontrar muitas curiosidades pelas ruas de
Congonhas do Campo. Um bom exemplo é o
pequeno Beco dos Canudos, bem ao lado do complexo do Santuário de Bom Jesus de
Matosinhos. O beco está repleto de
casarões, cada um abrindo as portas para pequenos comércios de artesanato
local. Vale subir a ladeira da rua e visitar as lojinhas.
7 – Gastronomia mineira
Apesar de pequena, Congonhas
tem muito charme. Na rua Praça do Santuário, há um restaurante de comida
mineira dentro do Hotel Colonial Cova do Daniel. Descendo a rua, na esquina, quando ela muda
de nome e vira Rua do Aleijadinho, há o Restaurante Casa da Ladeira.
Por cerca de R$ 25 (2017) pode
se servir à vontade pratos deliciosos da
cozinha mineira. Tudo borbulhando em um fogão a lenha. A sobremesa (dois tipos de doce e um pedaço
de queijo) sai R$6,00.
8 – Museu da Imagem e Memória de
Congonhas
Em um bonito casarão
histórico (antiga casa dos Fonseca), na Rua do Bom Jesus em Congonhas (historicamente conhecida como Rua da Ladeira), você vai encontrar o segundo museu da cidade, com
entrada gratuita.
O Museu da Imagem e Memória
de Congonhas é pequeno e simples. Nos seus dois pavimentos, o acervo traz peças
históricas e fotos que contam sobre a história da cidade, bem como de pessoas
simples e personalidades que nasceram em Congonhas.
9 – Matriz de São José Operário
Descendo a ladeira da rua do
Bom Jesus, se afastando um pouco do centro histórico de Congonhas, você vai
encontrar a Igreja Matriz de Congonhas, abençoada por São José Operário.
A igreja fica pertinho do
Museu da Imagem e Memória de Congonhas, e é tombada pelo patrimônio histórico.
Sua construção começou em 1817, mas ela só foi terminada nos primeiros anos do
século 20. Tem estilo neoclássico e
interior bem simples. Suas torres arredondadas lembram a igreja São Francisco
de Assis, em Ouro Preto.
10 – Igreja da Conceição e Igreja de Nossa
Senhora do Rosário dos Pretos
Estas igrejas completam o
eixo histórico com a Sagrada Família de Congonhas, Elas ficam mais afastadas do
centro - pegar o carro para ir até lá
pode ser uma boa ideia.
A Matriz da Conceição fica na
Praça Sete de Setembro, e foi construída no século 18. A capela-mor
é dourada e o frontispício é obra de Aleijadinho. Conta a lenda que essa igreja foi construída
sem autorização da Coroa Portuguesa, por isso foi terminada em tempo recorde
para evitar que as obras fossem interrompidas. Dizem que o alicerce foi todo
feito em um só dia.
Já a Igreja de Nossa Senhora
do Rosário dos Pretos foi a primeira igreja construída na cidade de Congonhas.
Erguida por escravos no século 17, tem a arquitetura mais simples entre as igrejas de
Congonhas. Era utilizada pelos próprios
escravos, que não podiam entrar nas ‘igrejas de brancos’.
11 – Parque Ecológico da Cachoeira
Nem só de turismo religioso e
cultural vive Congonhas-MG. Um dos grandes atrativos na cidade atende locais e
turistas que querem contato com a natureza.
O Parque Ecológico da Cachoeira tem uma
estrutura surpreendente. Seja para passar o dia, ou curtir as piscinas de água
natural, cachoeira, e área verde por algumas horas, vale dar uma passada por
lá.
Além das belezas naturais, o
parque ainda oferece banheiros, lanchonete, quadra cimentada, campo de futebol,
e churrasqueiras. Quem quer acampar, ainda conta com área para barracas e
traillers.
No domingo e feriados, o
local fica mais cheio com o pessoal de Congonhas. Nos outros dias (terça a sábado),
dá pra curtir tudo com mais tranquilidade.
v Orientação
Saindo de Belo Horizonte,
para chegar em Congonhas basta seguir pela BR 040, sentido Rio de Janeiro.
Saindo de São Paulo, siga
pela BR 381, sentido BH, até o trevo de Lavras. Então pegue a BR 265 até Barbacena
e, de lá, pegue a BR 040 (sentido BH) até Congonhas.
Saindo do Rio de Janeiro,
basta seguir pela BR 040 (sentido BH) até Congonhas.
O que fazer em Congonhas - frente da Basílica do Senhor Bom Jesus de
Matosinhos
v
Quando ir a Congonhas - MG?
Congonhas é um destino que dá
para visitar o ano inteiro. Entretanto, na época do verão, o calor aumenta – e as
chuvas também.
Vale lembrar que de 7 a 14 de setembro
acontece o Jubileu do Bom Jesus de Matosinhos, quando a cidade fica repleta de
romeiros. Visite nessa época somente se você pretende ver a festa acontecendo,
mas se planeje com antecedência.
A melhor época (clima e luminosidade) para fotografar o conjunto arquitetônico vai de abril a julho. O que levar?
Roupas confortáveis e sapatos para caminhar nas ruas de pedra e
ladeiras. E a máquina fotográfica, claro!
v
Onde se hospedar em Congonhas?
Congonhas não tem muitas
opções de hotéis e pousadas. Por isso, se pretende pernoitar na cidade, recomenda-se
reservar com antecedência.
Já disseram que é em Congonhas
que encontramos a Bíblia talhada em pedra e cedro. E foi lá que Mestre Ataíde ‘pintou a vida
com cores da alma’.
‘Os profetas falam… Pétreas palavras hão
de dizer-me. Mas falam! E suas profecias escorrem ladeira abaixo, e inundam a
alma dos homens, e o coração do mundo’ .
(JA, Nov19)
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