quarta-feira, 6 de novembro de 2019

Congonhas - MG






Em 1757 foi fundado em Congonhas do Campo-MG, o Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, por Feliciano Mendes de Guimarães, nascido em Portugal, de início modesta cruz e oratório.

Contribuíram com grandes quantias Francisco de Lima, Manuel Rodrigues Coelho e Bernardo Pires da Silva, viabilizando que se começasse a nave central da igreja.

De 1769 a 1772 trabalhou ali o mestre João de Carvalhais, recebendo 32 oitavas ‘à conta da pintura do altar de Santo Antônio’.

Data de 1781 a última menção a Carvalhais: recebeu oito oitavas ‘de feitio de duas imagens de Cristo dos colaterais’ para a igreja.

Em 1787 foi colocada diante do altar-mor a imagem do Cristo morto; custódia e vasos sacros de prata foram encomendados ao ourives Felizardo Mendes.

Em 1812 o barão Wilhelm Ludwig von Eschwege instalou no arraial, com a intenção pioneira no país de produzir ferro, sua Fábrica Patriotica, com Friedrich Ludwig Wilhelm Varnhagen e o intendente Câmara, sendo tal local situado às margens da atual rodovia BR 040, nas proximidades da Mina da Fábrica (nome dado em alusão a ‘Fábrica Patriótica’), hoje pertencente à Vale.

Considerando a determinação do intendente Câmara em produzir ferro no Brasil em escala industrial, e o andamento dos projetos já existentes, von Eschewege se propôs a construir em Congonhas uma fundição, a custo muito mais baixo.

Em 1819 requisitaram-se os serviços do pintor Manuel da Costa Ataíde para restaurar pintura da capela-mor

Em 17 de dezembro de 1938, o então distrito de Congonhas do Campo foi elevado à categoria de município, sendo desmembrado dos municípios de Conselheiro Lafaiete e Ouro Preto. Em 27 de dezembro de 1948, o município de Congonhas do Campo passou a denominar-se apenas como Congonhas, pela Lei Estadual n.º 336

Atualmente, a cidade de Congonhas faz parte do circuito velho da Estrada Real, e acaba entrando no roteiro de muita gente por conta de sua atração mais famosa:  ‘a Igreja Santuário de Bom Jesus de Matosinhos’, centro de peregrinação religiosa que também abriga o maior tesouro de arte barroca do Brasil: os 12 profetas de Aleijadinho (Antonio Francisco Lisboa ).

O município possui como maior fonte de renda a extração mineral e a indústria metalúrgica, com destaque para a mina de Casa de Pedra (Companhia Siderúrgica Nacional- CSN), a Mina da Fábrica (antiga Ferteco Mineração S/A, hoje incorporada à Vale), a Mina Viga (que atualmente pertence à Ferrous), e a Gerdau Açominas.


Basílica do Senhor Bom Jesus de Matosinhos




A cidade de Congonhas do Campo é bem pequena, e o caminho até a Basílica é bem fácil.   Basta seguir as placas que levam até o alto do Morro do Maranhão.

A subida é impiedosa - o melhor é fazer o trajeto de carro.     Para quem chega na cidade de ônibus, vale procurar um táxi para evitar a subida íngreme. A maioria dos outros pontos turísticos pode ser visitado a pé, a partir do Santuário. Mas vá com roupas leves e sapato confortável para percorrer as ladeiras com piso de ladrilho.

Essa igreja é a principal atração da cidade mineira de Congonhas.  Você pode estar curioso sobre como essa pequena igreja do interior, se tornou um dos maiores centros de peregrinação do Brasil.

Bem, essa história começa lá em Portugal.   Conta a lenda que um crucifixo talhado da própria cruz de Cristo foi encontrado na praia de Matosinhos, em Portugal, no ano de 124 d.C.  

Uma igreja foi construída na cidade portuguesa para abrigar essa imagem e a devoção cresceu em toda a região norte de Portugal.   Com a colonização, o culto veio para o Brasil. Muitas cidades brasileiras escolheram o Senhor Bom Jesus de Matosinhos como padroeiro.   Mas entre todas, Congonhas do Campo se tornou a mais famosa, abrigando um importante centro de peregrinação no interior de Minas Gerais.  

A história da Igreja do Senhor Bom Jesus de Matosinhos na pequena Congonhas começou em 1757. O português Feliciano Mendes decidiu colocar uma cruz no alto do Morro do Maranhão.   Era um agradecimento ao Bom Jesus de Matosinhos de quem era devoto.

O tempo foi passando e a fé no Senhor Bom Jesus de Matosinhos foi se propagando na região.   Foi autorizada a construção de uma igreja no alto do morro. Nomes como Mestre Ataíde e Aleijadinho tiveram papel essencial na execução da obra que se tornou um dos mais importantes templos da arte barroca brasileira. 

Uma imagem do Senhor Bom Jesus de Matosinhos foi encomendada diretamente em Portugal, o que deu ainda mais prestígio ao santuário no interior de Minas Gerais.

Hoje o complexo que reúne a Basílica e seus arredores é o maior orgulho de Congonhas. A cidade detém a maior coleção de arte barroca do Brasil. Um convite aberto a todos que apreciam arte brasileira, ou uma boa história sobre a fé de um povo.
 
Em Congonhas, Aleijadinho conseguiu a expressão máxima da sua arte. Como disse Carlos Drummond de Andrade: ‘Esse mulato de gênio lavrou na pedra-sabão todos os nossos pecados’.  

Pontos turísticos

Congonhas, além da Basílica,  tem outras atrações que merecem entrar no roteiro, além da deliciosa gastronomia mineira. 

Logo na entrada de Congonhas, existe um centro de informações turísticas. Lá é entregue um folheto explicando a história da cidade, e é possível conferir num mapa na parede, os principais pontos turísticos de Congonhas

1 – Santuário do Senhor Bom Jesus de Matosinhos 

A chegada ao Santuário do Senhor Bom Jesus de Matosinhos é discreta. A pequena área de estacionamento fica na parte de trás da igreja. Por ali, se misturam os carros de turistas e os cavalos dos romeiros.
 
O estacionamento dá acesso ao adro, uma espécie de pátio que circunda toda a igreja. É na parte da frente desse adro que estão os famosos 12 profetas de Aleijadinho.  

Sala dos Milagres ou Sala dos Ex-votos, fica do lado direito do adro. Trata-se de um espaço de devoção, onde os fiéis que receberam graças vêm prestar sua homenagem.

Repleta de quadros, esculturas ou outros objetos, pedaços da história de tanta gente. Agradecimentos por graças, orações por almas.   Impressionante e até um pouco assustador. Além dos quadros, a sala está repleta de depoimentos de milagres, histórias (bonitas e tristes) e pedidos de oração. Pertences ali depositados há mais de um século, testemunhando a fé de um povo. 

Quando sair da sala dos milagres, entre na Basílica do Senhor Bom Jesus de Matosinhos em Congonhas, pela porta lateral.  Já fazem alguns anos que a Igreja do Senhor Bom Jesus de Matosinhos vem passando por um longo processo de restauração, por isso a porta principal está fechada há muito tempo. 
 
A reforma também atrapalhava um pouco a visão perfeita do lado de dentro da igreja.  O altar-mor, com seu majestoso arco monumental;  no teto, as pinceladas de João Nepomuceno Correia e Castro deram vida a uma linda obra que retrata a glorificação de Jesus no céu ao lado de Deus Pai.   Retoques no forro da nave da Igreja foram obra do mestre Ataíde, outro grande nome do barroco-rococó brasileiro.   Duas imagens do Bom Jesus de Matosinhos chamam atenção no altar: uma no alto da cruz, outra num caixão de vidro no chão.

A imagem de Bom Jesus de Matosinhos tem características únicas, que a diferenciam de qualquer outra imagem da fé católica.   Os pés estão crucificados separados, a veste que cobre o quadril e as pernas tem um lado mais comprido que o outro. E o principal: os olhos, que apontam um para o céu e outro para a terra, ligando os homens a Deus. 

Numa das restaurações em Congonhas, uma das imagens do Bom Jesus perdeu essa característica marcante dos olhos que apontam para diferentes direções. Um detalhe que, curiosamente, deixa essa imagem e essa igreja no interior de Minas Gerais ainda mais marcante e especial.

Não é permitido tirar fotos no interior da Basílica. Mas é impossível esquecer a beleza nos detalhes do interior dessa igreja, local de uma das mais importantes peregrinações de fé no Brasil.


2 – Os 12 profetas de Aleijadinho   




É difícil descrever o encanto de ver aquele bonito frontão, também trabalhado em pedra-sabão, que já vinha inaugurar o estilo rococó que seguiria em voga pelos anos seguintes no Brasil.  E lá estão eles, ao longo do parapeito e escadarias: os 12 profetas de Aleijadinho, verdadeiras obras de arte em pedra-sabão. 

As 12 estátuas estão dispostas de forma que os profetas parecem estar envolvidos numa animada conversa nas escadarias. O diálogo parece ter ficado acalorado, convidando a todos a subir o Morro do Maranhão e visitar o Santuário do Bom Jesus de Matosinhos.
 
As estátuas dos doze profetas de Aleijadinho são nada menos que as obras-primas do maior artista do barroco brasileiro. Expressões, detalhes da arte esculpida na pedra, tudo impressiona. 

Os 12 profetas de Congonhas foram esculpidos quando Aleijadinho já estava muito doente, debilitado por uma doença que deformou suas mãos.   Mesmo com a deficiência física, o gênio não foi interrompido. Aleijadinho seguiu esculpindo com habilidade e uma dose de criatividade também. 

O mestre tirou vida da pedra, mas teve o cuidado de esculpir estátuas que, fisicamente, não se parecem com nenhum retrato dos santos católicos da igreja de influência europeia.   Os 12 profetas são inteiramente originais. Em nenhuma outra parte do mundo você encontrará imagens similares representando as figuras conhecidas de Isaías, Jeremias, Baruque, Ezequiel, Daniel, Oséias, Joel, Abdias, Amós, Jonas, Habacuque e Naum.
 
Por conta dessa diferença para as imagens ‘tradicionais’, por muitos anos os profetas de Aleijadinho em Congonhas foram considerados horrendos, de mau gosto. Uma verdadeira ofensa à arte da escultura religiosa clássica.   Mas veio o modernismo, veio a mente mais aberta dos artistas da Semana de Arte Moderna de 1922.   E, a partir dali, o gênio de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, ganhou o merecido reconhecimento, não só no Brasil, mas no mundo todo. 




Passeie entre as estátuas. Procure as expressões marcantes de Daniel, a maior de todas as estátuas. Ele guarda a entrada do adro do lado esquerdo de quem olha para a igreja. Com seu olhar distante, parece consciente de sua força, enquanto ostenta uma coroa de louros pelas suas glórias. 

Agora, olhe seu vizinho, Jonas, que descansa nos muros que formam o parapeito de entrada do adro à esquerda.   A cabeça voltada para os céus e na parte posterior uma marcante silhueta de baleia, com referência direta a sua história na Bíblia. Essas duas estátuas são as mais imperdíveis do conjunto: Daniel foi executado pelo gênio de Aleijadinho sem qualquer ajuda. 
 
Há vertentes que defendem que o mesmo aconteceu com Jonas. O fato é que essas são as únicas estátuas monolíticas, esculpidas somente com uma pedra, do começo ao fim. 

As outras 10 estátuas certamente foram esculpidas em trabalho conjunto com ajudantes do seu ateliê. Mas, em todas elas, Aleijadinho colocou sua marca, seu gênio, sua assinatura: expressões fortes, referências à trajetória de cada profeta.  

Até a precisa localização de cada estátua foi pensada de modo a organizar profetas maiores e menores. Os gestos e posições de cada obra foram meticulosamente planejados, dando vida a um diálogo de estátuas que parecem conversar entre si.   Uma obra-prima em doze atos. É ali, da borda do adro da igreja, lado a lado com as estátuas de Aleijadinho, que você vai conferir uma das vistas mais privilegiadas de Congonhas!
 
3 – Capelas dos Passos da Paixão
 

Vista do santuário a partir do jardim dos Passos da Paixão


Descendo as escadarias da igreja, passando pelo jardim de palmeiras imperiais, no final do terreno está o antigo portão de entrada do santuário.   Olhe para cima do Morro do Maranhão, e tenha a primeira visão da obra completa - a igreja com seus 12 profetas no adro.

No caminho até a igreja está o Jardim dos Passos,  estão as 6 capelas dos Passos da Paixão, espalhadas pelo jardim de palmeiras.  

As capelas dos passos são pontos de parada para as procissões católicas de sexta-feira santa.  

Em Congonhas, como o complexo do Santuário está localizado em um monte, as capelas reproduzem a ideia de subida penitencial, até o monte sagrado. 

As pequenas capelas dos passos de Congonhas guardam um grande tesouro. Elas foram construídas bem depois da igreja.   Abrigam 64 esculturas em cedro que representam a Via Sacra, esculpidas pelo próprio Aleijadinho e seus ajudantes no ateliê, e pintadas pelo Mestre Ataíde e outros artistas. 

A primeira capela, no pé do morro, foi a primeira a ser construída, e a única planejada por Aleijadinho.   Ela retrata a Santa Ceia, com 12 apóstolos ao redor da mesa, Cristo ao centro, e dois criados nas laterais. É um dos cenários mais bonitos, pelas expressões dos personagens.

Indo para as outras capelas, necessário subir pelos degraus antigos de pedra gasta pelos passos dos que vieram antes de você. Primeiro, a capela do Horto, onde Jesus sofre sua agonia no Horto das Oliveiras.   Depois, a capela da Prisão, com a cena do milagre de Jesus depois que Pedro feriu a orelha do soldado romano. A quarta capela divide duas cenas: a flagelação de Jesus e a sua coroação de espinhos.   Em seguida temos a capela do carregamento da cruz, e por último,  a capela da crucificação.  

Percorrer o caminho das Capelas dos Passos da Paixão é emocionante, além de muito bonito. Um dos pontos turísticos de Congonhas que não podem ficar fora de um roteiro de arte e fé.   Pela sua importância histórica, cultural e arquitetônica, o complexo das Capelas dos Passos da Paixão, no Jardim dos Passos, e do Santuário Bom Jesus de Matosinhos na cidade de Congonhas foi tombado pela UNESCO em 1985, passando a ser considerado Patrimônio Cultural da Humanidade.

 4 – Romaria 

A Alameda Cidade Matozinhos de Portugal (antiga Alameda das Palmeiras, principal avenida da cidade de Congonhas), leva ao prédio da Romaria.   Historicamente, esse lugar era usado desde 1770 para abrigar os romeiros pobres, que vinham para Congonhas para celebrar o Jubileu do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, celebrado entre 7-14 de setembro. 

Na década de 1930, o terreno foi utilizado para construir o prédio da Romaria. Trata-se de um imenso pátio circular em formato de arena, cercado por casas baixas que funcionavam como uma pousada.   As famílias de romeiros se abrigavam ali durante as festividades do Jubileu, pagando um valor simbólico para a época, 5 mil réis. 

A estrutura foi desativada pela administração do Santuário, durante a década de 1960. O terreno da Romaria acabou sendo vendido para um grupo de empresários do Rio de Janeiro, que queria aproveitar o espaço para construir um hotel.   A obra nunca foi realizada, mas, infelizmente, o prédio original foi demolido em 1968. Do original, só restaram as duas torres da entrada da Romaria de Congonhas, ligadas por um arco. 

A construção que vemos hoje é resultado de um projeto de revitalização da memória da cidade de Congonhas que, durante a década de 1990, tentou reproduzir a estrutura original da Romaria no mesmo lugar onde ela existia antes. 

A arquitetura é inspirada nas Capelas dos Passos da Paixão, e hoje, no local, funcionam órgãos da administração pública e instituições associadas ao turismo e à cultura, visando manter a preservação da história de Congonhas.   Em uma das torres, funciona a Diretoria de Turismo, com um centro de informações turísticas. 

5 – Museu de Congonhas 

No caminho entre o Jardim dos Passos e a Romaria, você vai passar por outro grande ponto turístico de Congonhas: o Museu de Congonhas.  A arquitetura moderna faz contraste com os prédios históricos e não deixa o Museu de Congonhas passar despercebido dos viajantes. 

A entrada é paga (R$10,00, atualizado em agosto 2019). A visita começa relatando a história de Congonhas como destino de peregrinação.  Também há espaço para a história da construção da igreja de Congonhas, e muitas informações sobre as obras de Aleijadinho e o processo de conservação das estátuas ao ar livre.  

6 – Lojas de artesanato em Congonhas 

Com um sapato apropriado para andar no chão de pedra, você pode encontrar muitas curiosidades pelas ruas de Congonhas do Campo.   Um bom exemplo é o pequeno Beco dos Canudos, bem ao lado do complexo do Santuário de Bom Jesus de Matosinhos.  O beco está repleto de casarões, cada um abrindo as portas para pequenos comércios de artesanato local. Vale subir a ladeira da rua e visitar as lojinhas.

 7 – Gastronomia mineira 

Apesar de pequena, Congonhas tem muito charme. Na rua Praça do Santuário, há um restaurante de comida mineira dentro do Hotel Colonial Cova do Daniel.   Descendo a rua, na esquina, quando ela muda de nome e vira Rua do Aleijadinho, há o Restaurante Casa da Ladeira.

Por cerca de R$ 25 (2017) pode se servir à vontade  pratos deliciosos da cozinha mineira. Tudo borbulhando em um fogão a lenha.   A sobremesa (dois tipos de doce e um pedaço de queijo)  sai R$6,00. 

8 – Museu da Imagem e Memória de Congonhas 

Em um bonito casarão histórico (antiga casa dos Fonseca), na Rua do Bom Jesus em Congonhas (historicamente conhecida como Rua da Ladeira), você vai encontrar o segundo museu da cidade, com entrada gratuita. 

O Museu da Imagem e Memória de Congonhas é pequeno e simples. Nos seus dois pavimentos, o acervo traz peças históricas e fotos que contam sobre a história da cidade, bem como de pessoas simples e personalidades que nasceram em Congonhas. 

9 – Matriz de São José Operário

Descendo a ladeira da rua do Bom Jesus, se afastando um pouco do centro histórico de Congonhas, você vai encontrar a Igreja Matriz de Congonhas, abençoada por São José Operário.  

A igreja fica pertinho do Museu da Imagem e Memória de Congonhas, e é tombada pelo patrimônio histórico. Sua construção começou em 1817, mas ela só foi terminada nos primeiros anos do século 20.  Tem estilo neoclássico e interior bem simples. Suas torres arredondadas lembram a igreja São Francisco de Assis, em Ouro Preto. 

10 – Igreja da Conceição e Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos

Estas igrejas completam o eixo histórico com a Sagrada Família de Congonhas, Elas ficam mais afastadas do centro  - pegar o carro para ir até lá pode ser uma boa ideia. 
 
A Matriz da Conceição fica na Praça Sete de Setembro, e foi construída no século 18. A capela-mor é dourada e o frontispício é obra de Aleijadinho.  Conta a lenda que essa igreja foi construída sem autorização da Coroa Portuguesa, por isso foi terminada em tempo recorde para evitar que as obras fossem interrompidas. Dizem que o alicerce foi todo feito em um só dia.
 
Já a Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos foi a primeira igreja construída na cidade de Congonhas. Erguida por escravos no século 17, tem a arquitetura mais simples entre as igrejas de Congonhas.   Era utilizada pelos próprios escravos, que não podiam entrar nas ‘igrejas de brancos’. 

11 – Parque Ecológico da Cachoeira 

Nem só de turismo religioso e cultural vive Congonhas-MG. Um dos grandes atrativos na cidade atende locais e turistas que querem contato com a natureza.

O Parque Ecológico da Cachoeira tem uma estrutura surpreendente. Seja para passar o dia, ou curtir as piscinas de água natural, cachoeira, e área verde por algumas horas, vale dar uma passada por lá. 

Além das belezas naturais, o parque ainda oferece banheiros, lanchonete, quadra cimentada, campo de futebol, e churrasqueiras. Quem quer acampar, ainda conta com área para barracas e traillers.

No domingo e feriados, o local fica mais cheio com o pessoal de Congonhas. Nos outros dias (terça a sábado), dá pra curtir tudo com mais tranquilidade.

v Orientação

Saindo de Belo Horizonte, para chegar em Congonhas basta seguir pela BR 040, sentido Rio de Janeiro. 

Saindo de São Paulo, siga pela BR 381, sentido BH, até o trevo de Lavras. Então pegue a BR 265 até Barbacena e, de lá, pegue a BR 040 (sentido BH) até Congonhas. 
Saindo do Rio de Janeiro, basta seguir pela BR 040 (sentido BH) até Congonhas.  O que fazer em Congonhas - frente da Basílica do Senhor Bom Jesus de Matosinhos
 
v Quando ir a Congonhas - MG? 

Congonhas é um destino que dá para visitar o ano inteiro. Entretanto,  na época do verão, o calor aumenta – e as chuvas também.
 
Vale lembrar que de 7 a 14 de setembro acontece o Jubileu do Bom Jesus de Matosinhos, quando a cidade fica repleta de romeiros. Visite nessa época somente se você pretende ver a festa acontecendo, mas se planeje com antecedência. 

A melhor época (clima e luminosidade) para fotografar o conjunto arquitetônico vai de abril a julho.  O que levar?  Roupas confortáveis e sapatos para caminhar nas ruas de pedra e ladeiras. E a máquina fotográfica, claro!
 
v Onde se hospedar em Congonhas? 

Congonhas não tem muitas opções de hotéis e pousadas. Por isso, se pretende pernoitar na cidade, recomenda-se reservar com antecedência.



Já disseram que é em Congonhas que encontramos a Bíblia talhada em pedra e cedro.   E foi lá que Mestre Ataíde ‘pintou a vida com cores da alma’.


‘Os profetas falam… Pétreas palavras hão de dizer-me. Mas falam! E suas profecias escorrem ladeira abaixo, e inundam a alma dos homens, e o coração do mundo’ .





(JA, Nov19) 


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