Entre os artistas no
acervo do novo espaço, estarão Tunga, Cildo Meireles e Waltercio Caldas
Fachada da Pina Contemporânea |
A região
central deve ganhar um terceiro espaço da Pinacoteca até 2019. Além do prédio
principal —construção de 1900 rebatizada como Pina Luz— e da Pina Estação, uma
escola estadual do outro lado do parque da Luz, desativada em 2015, se tornará
a Pina Contemporânea.
Na última
quarta-feira (13), foi assinado um termo de cessão de uso do complexo
arquitetônico localizado na avenida Tiradentes, 273, a cerca de 50 metros do
prédio principal. O espaço, cedido pela Secretaria de Estado da Educação,
abrigava o colégio Prudente de Moraes.
O projeto de incorporação do prédio existe desde 2005, afirma José Olympio Pereira,
presidente da Apac (Associação Pinacoteca de Arte e Cultura), organização
social responsável pela Pinacoteca.
Em 2017, foi
divulgado que a previsão de abertura do prédio seria em 2018. Agora, a
expectativa é abrir só no início de 2019, segundo Olympio. ‘Esse é o ritmo
normal do setor público’, diz o gestor sobre a mudança no cronograma.
Com 6.908 m²
de área total e 3.190 m² de área construída, o local deverá abrigar as mais de
3.000 obras de arte contemporâneas do museu, que atualmente ficam guardadas no
acervo, e só são expostas em algumas mostras. Entre os artistas do novo espaço,
estarão Tunga, Cildo Meirelles e Waltercio Caldas.
Também
presidente do banco Credit Suisse no Brasil e colecionador de obras de arte,
Olympio afirma que há uma preocupação em integrar os dois prédios dos museus,
separados pelo parque da Luz.
Ele, que
deixa o cargo em agosto após oito anos na Apac, afirma que, atualmente, a ideia
não é fazer nenhuma mudança radical no edifício, mas ativá-lo com o mínimo de
investimento possível.
‘O projeto
inicial era demolir a escola e construir um museu completamente novo. Isso
custaria R$ 100 milhões, o que hoje em dia é inviável. Nosso objetivo agora é
fazer mais com menos’.
O
colecionador acredita que o investimento inicial necessário para a abertura da
Pina Contemporânea seja de R$ 5 milhões. No segundo semestre deste ano, será
feito um convite a arquitetos para que apresentem projetos para adaptar o
prédio.
Texto:
Isabella Menon | FSP
(JA, Jun18)
Nenhum comentário:
Postar um comentário