segunda-feira, 18 de junho de 2018

Novo prédio da Pinacoteca deve abrir em 2019 e abrigar 3.000 obras contemporâneas


Entre os artistas no acervo do novo espaço, estarão Tunga, Cildo Meireles e Waltercio Caldas

Fachada da Pina Contemporânea 

A região central deve ganhar um terceiro espaço da Pinacoteca até 2019. Além do prédio principal —construção de 1900 rebatizada como Pina Luz— e da Pina Estação, uma escola estadual do outro lado do parque da Luz, desativada em 2015, se tornará a Pina Contemporânea.

Na última quarta-feira (13), foi assinado um termo de cessão de uso do complexo arquitetônico localizado na avenida Tiradentes, 273, a cerca de 50 metros do prédio principal. O espaço, cedido pela Secretaria de Estado da Educação, abrigava o colégio Prudente de Moraes.

O projeto de incorporação do prédio existe desde 2005, afirma José Olympio Pereira, presidente da Apac (Associação Pinacoteca de Arte e Cultura), organização social responsável pela Pinacoteca.

Em 2017, foi divulgado que a previsão de abertura do prédio seria em 2018. Agora, a expectativa é abrir só no início de 2019, segundo Olympio. ‘Esse é o ritmo normal do setor público’, diz o gestor sobre a mudança no cronograma.

Com 6.908 m² de área total e 3.190 m² de área construída, o local deverá abrigar as mais de 3.000 obras de arte contemporâneas do museu, que atualmente ficam guardadas no acervo, e só são expostas em algumas mostras. Entre os artistas do novo espaço, estarão Tunga, Cildo Meirelles e Waltercio Caldas.

Também presidente do banco Credit Suisse no Brasil e colecionador de obras de arte, Olympio afirma que há uma preocupação em integrar os dois prédios dos museus, separados pelo parque da Luz.

Ele, que deixa o cargo em agosto após oito anos na Apac, afirma que, atualmente, a ideia não é fazer nenhuma mudança radical no edifício, mas ativá-lo com o mínimo de investimento possível.

‘O projeto inicial era demolir a escola e construir um museu completamente novo. Isso custaria R$ 100 milhões, o que hoje em dia é inviável. Nosso objetivo agora é fazer mais com menos’.

O colecionador acredita que o investimento inicial necessário para a abertura da Pina Contemporânea seja de R$ 5 milhões. No segundo semestre deste ano, será feito um convite a arquitetos para que apresentem projetos para adaptar o prédio.




 Texto: Isabella Menon   |   FSP



(JA, Jun18)

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