domingo, 12 de janeiro de 2020

Isadora Duncan, a grande dançarina


  
Ateia, bissexual e inventora da dança moderna, Duncan acabou falecendo de maneira insólita




Nascida em 1877 na cidade de San Francisco, Estados Unidos, Isadora Duncan marcou a história da dança: inovando por não seguir regras formais ou técnicas rígidas de balé, ela abriu as portas para o que chamamos hoje de dança contemporânea. Entretanto, Duncan teve um final trágico: passeando de carro aos 50 anos, ela acabou enrolando seu lenço de pescoço nas rodas do veículo, o que a levou à morte.


Trajetória

Isadora Duncan, em 1927

Duncan via a dança como uma forma natural de expressão do espírito humano. Inspirando seus movimentos na arte da Grécia Antiga, ela se mudou para Londres aos 21 anos, após tentativas fracassadas de fazer carreira nos Estados Unidos. Lá, ganhou o suficiente para alugar um estúdio de dança, e logo foi convidada pela atriz e dançarina Loie Fuller para uma turnê pela Europa.

A artista tinha como missão compartilhar sua filosofia da dança e liberdade de expressão. Para isso, ela abriu escolas onde ensinava sua técnica a jovens alunas: a primeira foi inaugurada em Berlim-Grunewald, Alemanha, em 1904, e suas seis alunas ficaram conhecidas como as ‘Isadorables’.

Além da dança, as roupas de Duncan também eram inovadoras: ao contrário das dançarinas de Balé tradicional, ela se movia com tecidos leves e esvoaçantes, que davam sensação de conforto. E o fato de ela se autodeclarar ateia, simpatizante comunista e bissexual, também chamava muita atenção do público.


Duncan performando com colegas à beira do mar


Sua fama ganhou repercussão mundial, e a artista chegou a ser descrita pelo ocultista britânico Aleister Crowley da seguinte forma: ‘Isadora Duncan tem esse dom de gesto em um nível muito alto. Estude sua dança, se possível em privado e em público, e aprenda a soberba inconsciência - que é a consciência mágica - com a qual ela adapta a ação à melodia’.


Terrível acidente

Duncan teve dois filhos, um em 1906 com o designer de teatro Gordon Craig, e o outro em 1910, com Paris Singer. As crianças acabaram morrendo afogadas em 1913 junto à babá, em um acidente de carro no rio Sena, na França - evento do qual a artista nunca se recuperou. E um automóvel também levaria ela mesma à morte.

No ano de 1927, Isadora andava de carro com alguns amigos em Nice, vestindo um lenço de seda esvoaçante pintado à mão pelo artista Roman Chatov. Seu lenço, acidentalmente, se enroscou nas rodas do automóvel, arremessando a artista e fazendo-a quebrar o pescoço. Levada ao hospital, Isadora faleceu logo depois, e suas cinzas foram colocadas ao lado dos filhos no cemitério Père Lachaise, em Paris.






Fonte: Joseane Pereira  | AH-Aventuras na História




(JA, Jan20)




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