‘A Agonia’, 1912, de Egon Schiele, 1890-1918 |
Nascido
em 1890 em Tulln, na Áustria, Egon Schiele estudou na primeira década do século
20 em duas importantes instituições de artes plásticas, a Kunstgewebeschule e
na Akademie der Bildenden Künste, ambas em Viena.
Mesmo
sem terminar seus estudos, chamou atenção do famoso pintor Gustav Klimt, que
comprou alguns de seus desenhos e o incentivou, contratando inclusive modelos
para que pintasse.
As
obras de Schiele são marcadas por figuras distorcidas porém frequentemente
eróticas — Schiele chegou a ser preso porque crianças visitaram seu
estúdio e viram seus quadros.
Ele
atingiu notoriedade em vida e morreu cedo, aos 28 anos, em 1918, de gripe
espanhola. Com o tempo, passou a integrar o cânone das artes plásticas: em
2011, sua pintura ‘Häuser mit bunter Wäsche (Vorstadt II)’ foi vendida por US$
40 milhões.
No
início de dezembro de 2018, o site do jornal dedicado às artes plásticas The
Art Newspaper divulgou a informação de que o catálogo virtual Egon Schiele The
Complete Works Online passou por uma nova atualização.
O banco
de dados é mantido por uma fundação criada para tanto, a Kallir Research
Institute. Ele é atualizado por uma equipe liderada por Jane Kallir, que dá seu
nome ao site e é codiretora da Galerie St. Etienne, em Nova York.
A
relação dela com a obra do pintor vem de longa data. Jane é neta de Otto Kallir
(1894-1978), que foi responsável por criar o primeiro catálogo raisonné de
Schiele, em 1930 em Viena.
Esse
tipo de catálogo tem como objetivo reunir as obras mais relevantes produzidas
por um artista. A própria Jane Kallir é autora de um outro catálogo raisonné
dedicado a Schiele, publicado em 1990 e atualizado em 1998.
Em
entrevista ao The Art Newspaper, ela afirma que optou por criar um catálogo online
porque acredita que já não vale a pena investir em obras físicas. ‘Já não faz
mais sentido lançar uma publicação dessas em forma impressa: livros são muito
caros, e desatualizados mesmo antes de chegarem às livrarias’.
O
catálogo online traz as obras em alta resolução, e permite que sejam vistas em
mais detalhes do que se fossem impressas em papel.
Para a
maior parte das obras, a plataforma traz principalmente informações sobre sua
trajetória, que são de interesse especialmente de colecionadores ou outros
atores do comércio artístico.
Há
informações como onde foram expostas, e pelas mãos de quais compradores ou
saqueadores passaram, assim como as referências bibliográficas desses dados.
Mas há pouca informação a respeito do estilo empregado ou sobre o que
expressam.
O
verbete dedicado ao óleo ‘Agonia’, de 1912, por exemplo, afirma que “Alessandra
Comini, curadora e historiadora da arte, sugere que Schiele pode ter
originalmente pensado nesse trabalho para a sala de jantar dos Lederer. É uma
das três pinturas compradas por Hauer em julho de 1912, por um total de 900
coroas”.
Também
dedicado ao artista, o site egon-schiele tem informações sobre bem menos obras,
mas cita ‘Agonia’ entre outros trabalhos selecionados, e afirma que:
“Nenhuma
figura possui traços que podem ser identificados conclusivamente com alguma
pessoa específica. Utilizando a metáfora religiosa, Schiele acreditava que
artistas, assim como santos, devem sofrer por aquilo em que acreditam.
‘Agonia’, que pode muito bem ter sido pintada pouco após ele ter sido liberado
da prisão, seja o testemunho dessas dores.” Do texto a respeito de ‘Agonia’,
presente no site egon-schiele.
Fonte: =Nexus
(JA, Dez18)
,
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