Centros com maior público estão no eixo Rio-São Paulo, como o
CCBB da capital fluminense, o mais visitado em 2017
Ranking do
Ibram (Instituto Brasileiro dos Museus), mostra que 6 dos 10 centro culturais
mais visitados no Brasil em 2017 têm entrada gratuita.
Entre
aqueles com entrada franca estão as quatro unidades do Centro Cultural Banco do
Brasil, o Tomie Ohtake, em São Paulo, e o Museu Nacional do Conjunto Cultural
da República, em Brasília.
As outras
instituições que completam a lista são o Museu do Amanhã, Catavento, Museu
Nossa Senhora da Aparecida e o Museu de Arte do Rio —as entradas variam de R$ 8
a R$ 20.
Os centros
culturais com maior público estão localizados no eixo Rio-São Paulo, como o
CCBB da capital fluminense, que foi o mais visitado em 2017, com uma procura de
1,3 milhão de pessoas.
Apesar de
liderar a lista, a unidade carioca sofreu uma queda de cerca de 40% de
visitantes na comparação do público de 2017 com o de 2016, ano que a cidade
recebeu as Olimpíadas e o CCBB teve mais de 2 milhões de visitantes. A alta
procura lhe rendeu a 66ª posição entre os mais visitados do mundo.
Exposição ‘Construções Sensíveis’, CCBB do Rio de Janeiro |
Segundo a
porta-voz do CCBB, Karen Machado, ‘É natural que haja variação de público de um
ano para outro. Afinal, a cada ano, apresentamos uma programação diferente’,
disse ela, que afirma que os números ‘são impactados por outras atrações da
cidade’.
‘Em 2016,
tivemos grande volume de público influenciado pelas Olimpíadas e por uma
programação com artistas mais conhecidos, com destaque para a exposição ‘Triunfo
da Cor’, nos CCBBs SP e RJ, que trouxe grandes nomes de amplo reconhecimento
como Van Gogh e Gauguin. Já em 2017, apresentamos uma programação mais
contemporânea, com artistas recentemente incluídos no circuito internacional
das artes’, completou Machado.
As outras
três unidades do CCBB, em São Paulo, Brasília e Belo Horizonte, também estão na
lista. São instituições particulares, apesar de serem dependências do Banco do
Brasil —de economia mista, com capital público e privado.
Dos 10
museus mais visitados, 4 pertencem ao poder público. São eles o Catavento, com
mostras dedicadas a crianças, Museu do Amanhã (Rio), que reúne mostras de
ciência e tecnologia, Museu de Arte do Rio, e o Museu Nacional do Conjunto
Cultural da República, em Brasília.
Também
integram a lista o Instituto Tomie Ohtake, na capital paulista, e o Museu Nossa
Senhora Aparecida, no interior de SP —que reúne peças arqueológicas e
instrumentos sacros.
Nenhuma das
instituições com maior público é administrada pelo Ibram —responsável por 30
museus do Brasil, sendo que a metade fica no estado do Rio de Janeiro.
Localizado
em Petrópolis, o Museu Imperial conta com o principal acervo da família
imperial. A instituição é a que mais arrecada dinheiro entre as sob gestão do
Ibram —neste ano, captou pouco mais de R$ 2 milhões.
A
instituição fluminense parece ser mais bem servida de manutenção se comparada
ao Museu Nacional do Rio.
Em 2017, por
exemplo, o telhado da biblioteca precisou de uma reforma emergencial, concluída
apenas 90 dias após o pedido de reparo.
Fonte:
Isabella Menon, Eduardo Moura | FSP
(JA, Set18)
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