50 anos sem Picasso: os períodos e as cores de suas obras
O pintor Pablo Picasso, grande influência do século 20, foi um dos fundadores do cubismo, e pioneiro na arte de colagem. Espanhol, nascido em Málaga, ele revolucionou a forma de fazer arte, tornando-se um dos expoentes do modernismo.
Quando morreu em 8 de abril de 1973, aos 91 anos, o
artista tinha um portfólio de mais de 13 mil telas, 100 mil gravuras, 34 mil ilustrações e 300 esculturas. Suas obras passaram por diversos períodos
e estilos ao longo dos 78 anos de carreira artística.
Um dos mais marcantes foi o período azul, que durou de 1901 a 1904. Picasso
enfrentava uma crise emocional na época, e utilizou tons azuis, esverdeados e
escuros para enfatizar os temas sombrios retratados nas pinturas. Já no período rosa, que durou de 1904 a 1907, as
temáticas boêmias e circenses receberam cores mais leves, como tons rosados,
alaranjados e azul-claro.
A partir de 1907, durante o período africano as paletas ganharam cores secas e monocromáticas. Essas tonalidades ressaltavam as formas mais geométricas e abstratas, que tiveram seu auge a partir de 1909, com o cubismo analítico. No momento seguinte, a partir de 1912, no cubismo sintético, a tonalidade ganhou saturação e as formas tornaram-se menos abstratas.
As cores saturadas também foram bastante utilizadas durante os períodos neoclassicista e surrealista, que ocorreram nas décadas de 1920 e 1930. Uma das obras mais importantes desse momento é Guernica, que retrata um bombardeio nazista na Espanha e se tornou um símbolo do antimilitarismo.
A mudança para tons mais sombrios ocorreu nos anos seguintes, durante o período da guerra e pós-guerra. No último período de sua carreira artística, a partir dos anos 1950, Picasso produziu mais de 400 obras retratando sua segunda esposa, Jacqueline Roque. O erotismo também foi um elemento significativo nessa fase.
Fonte: Nexo | Nos Eixos
(JA, Abr23)
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