Em novo trabalho premiado, fotógrafo Heiko Hellwig troca
arquitetura urbana pela de computadores
Vistas de
cima são como as metrópoles do futuro, tal como imaginadas pela ficção
científica: com grandes prédios, avenidas movimentadas e luz neon. De perto, apenas
tralha tecnológica que, no passado, integrou o núcleo de computadores e
videogames.
O trabalho
artístico ‘Silicon Cities’ (uma referência ao Silicon Valley, o Vale do
Silício, na Califórnia, terra das grandes empresas americanas de tecnologia) é
uma série feita pelo alemão Heiko Hellwig, de 58 anos. O fotógrafo diz ter
coletado peças de placas, circuitos impressos, semicondutores e transistores
para criar suas maquetes eletrônicas.
Nele,
Hellwig deixou a arquitetura das cidades, seu maior objeto de interesse, e
voltou-se a uma arquitetura de outra ordem, a de computadores.
Segundo o
autor do trabalho, que em junho de 2018 se tornou um dos vencedores na
categoria ‘Belas artes / Abstrato’ do prêmio de fotografia francês Px3, a série
‘explora e revela o núcleo da nossa sociedade digital’, que ‘não compreende
mais os caminhos que a informação está tomando’.
Ou ainda
dialoga com as peças que dão vida aos computadores, as quais embora sejam
detalhadas, são poucos compreensíveis; são belas e assustadoras ao mesmo tempo,
diz ele. ‘Elas não revelam facilmente as informações que armazenam e
transportam, mas as escondem dentro de sua arquitetura digital’.
Segundo a
Wired, Hellwig fez as imagens em seu
estúdio, em Stuttgart, com uma câmera sobre uma escada, filtros coloridos
(vermelho e verde) e algumas horas de retoque no Photoshop.
Veja algumas
das obras da série:
Fonte:
Murilo Roncolato | =Nexo
(JA, Jul18)
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